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Após dois anos, meta do Corinthians é fechar contas de 2016 ‘no azul’

Alvinegro cortou cerca de 100 funcionários em 2015, reviu contratos e estima ter reduzido gasto em até 20%. Diretoria projeta menos sufoco nesta nova temporada

Entrevista - Roberto de Andrade Presidente Corinthians (foto:Eduardo Viana/LANCE!Press)
imagem cameraRoberto de Andrade, presidente do Corinthians, prometeu cortar gastos e conseguiu êxito em diversos setores do clube (foto:Eduardo Viana/LANCE!Press)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 01/01/2016
20:17
Atualizado em 02/01/2016
14:56

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O ano de 2015 não foi fácil para o Corinthians sob o aspecto financeiro. Atrasos em direitos de imagem e premiações, jogadores saindo por propostas melhores, dificuldades para contratar reforços... Os problemas foram muitos, mas a diretoria alvinegra acredita que aprendeu com erros e que conseguiu recolocar o clube nos trilhos. Para 2016, a expectativa é de voltar a fechar no azul após dois anos de déficit e ter mais força para montar e manter um elenco qualificado.

Segundo Emerson Piovesan, diretor financeiro do Timão, isso só será possível graças a uma grande reestruturação feita. Depois da eleição do presidente Roberto de Andrade, em fevereiro, aproximadamente de 100 funcionários foram demitidos, contratos foram revistos e cerca de 20% dos gastos foram cortados.

– Tivemos que reduzir pessoal, não só no futebol. Renegociamos acordos com parceiros, tentamos reduzir gastos com tarifas públicas, fizemos até racionalização de energia no clube. Foi uma série de ações nas quais tivemos até que gastar para ter uma redução de gastos no futuro. Além disso terceirizamos alguns serviços, como a lavanderia. Gastávamos R$ 60 mil, hoje caiu para R$ 15 mil – disse Piovesan, ao LANCE!.

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Mais do que isso, o modo de gerir o dinheiro corintiano foi alterado, o que explica as saídas de Guerrero e Sheik, por exemplo, e os reforços modestos contratados no meio do ano.

– Fizemos uma mudança radical no conceito da gestão financeira. No passado nossa gestão era de base orçamentária, e passamos para uma política de base no caixa. Qual a diferença? Antes eu projetava que receberia 5 milhões de euros pela venda do Jadson, e começava a gastar esse valor por conta. Agora é assim: nós temos o dinheiro? Caiu na conta? A partir daí faço o que tenho que fazer – comenta o diretor financeiro.

Essas mudanças dão confiança à cúpula do Timão de que no próximo ano os atrasos de pagamentos a parte do elenco não se repetirão. Além disso, o clube projeta em seu orçamento um superávit de R$ 3,8 milhões. O cenário será ainda melhor se Alexandre Pato for vendido. Se isso ocorrer, o clube cogita investir mais e buscar reforços de peso.

ENTENDA MELHOR:

Erros

Nos períodos de bonança, sobretudo a partir de 2012, o Corinthians gastou mais do que poderia (não só no futebol, como em outras áreas do clube). Um exemplo é a compra de Pato por R$ 40 milhões e salário de R$ 800 mil por mês.

Esqueceu?
Desde 2014 o Timão não conta com uma de suas principais fontes de receita: bilheteria de jogos. A arrecadação com venda de ingressos é destinada ao pagamento da Arena. O clube sabia disso, mas seguiu aumentando gastos...

Mudança
Após ter déficit de quase R$ 100 milhões em 2014, o Timão passou a cortar gastos neste ano. O investimento em reforços diminuiu, e a diretoria avisou que não faria loucuras. Aos poucos os atrasos com os atletas foram quitados.

BATE-BOLA Emerson Piovesan
Diretor financeiro do Corinthians, ao LANCE!

‘O clube estava mergulhado em dívidas’


A situação financeira do Corinthians em 2015 foi tão ruim como pareceu ou houve exagero?
Sim, o clube estava mergulhado em dívidas. O Corinthians gastou mais do que poderia. Tivemos que correr atrás, pegamos um clube com muita dificuldades após a eleição. Quando chegamos, as primeiras ações foram buscando uma reorganização financeira. Tivemos um prejuízo operacional em 2014 de R$ 97 milhões e tínhamos vários compromissos a honrar. Passamos a organizar despesas e reduzir custos ao máximo.

Foi por isso, por exemplo, que o Guerrero não permaneceu?

Não tínhamos condição de honrar o compromisso, pois já tínhamos atrasos, não dava para criar uma nova pendência. Fizemos uma proposta dentro do que poderíamos arcar. Isso foi em uma época difícil para nós, mas tudo de forma consciente, controlada, disciplinada... Como torcedor, é claro que gostaria que um ídolo ficasse.

O planejamento para 2016 conta com a venda do Pato?

A expectativa existe, mas é só uma previsão. Por outro lado, tenho no meu planejamento o custo do Pato na folha de pagamento. Se nós o vendermos, eu tenho menos uma despesa e a entrada dos recursos oriundos da transferência.

Há alguma novidade ou grande mudança prevista para 2016?

Tem muita coisa. Vamos implantar um novo sistema de gestão. Fizemos parceria com a Totvs, vamos substituir o sistema atual por um que vai permitir mais controle. Isso é altamente significativo para nós, vamos disciplinar contratos, isso nos ajudará na gestão de despesas, custos e outros pontos da gestão do clube.

É possível faturar com a Arena?
A gente tem uma claríssima divisão, o fundo está lá para pagar a Arena. A ideia é pagá-la o quanto antes.

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