Pontual, assertivo e econômico: conheça as palavras de ordem do Corinthians no mercado
Cauteloso no mercado, Timão quer contratar jogadores para posições específicas, que cheguem para jogar e em operações que não custem muito aos cofres do clube
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O Corinthians não tem pressa para reforçar o elenco. Isso não significa que a direção do clube alvinegro não queira trazer novos atletas, mas que a estratégia é adotar uma postura mais cautelosa em busca de atingir os três objetivos da instituição no mercado: ser pontual, assertivo e econômico.
A ideia é reforçar o elenco em posições que estejam realmente precisando de peças e que elas sejam aquelas que cheguem para resolver. Para os responsáveis pelo futebol do Timão, reforço pontual é aquele que é contratado para agregar e não compor.
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Matheus Bidu chegou para ocupar a vaga de Lucas Piton, que já estava nos planos de serone negociado nesta temporada e foi vendido para o Vasco, em dezembro. Ángel Romero compôs a lacuna de Gustavo Mosquito, que no fim do ano passado rompeu o ligamento do joelho direito e só voltará a jogar no segundo semestre desta temporada.
Quando começou a planejar 2023, ainda em meados de outubro do ano passado, a diretoria corintiana já havia construído um projeto modesto. Essa realidade, inclusive, foi apresentada para o então treinador Vítor Pereira, que não se empolgou com o que escutou.
A grande prioridade era manter a espinha dorsal do Corinthians na última temporada. Sem fazer loucuras por reforços, o empenho financeiro seria para a permanência de peças como Maycon, Yuri Alberto e o próprio Vítor. Do trio, apenas o técnico não ficou.
Ainda assim, o Timão não envolveu grandes quantias em dinheiro para permanecer com a dupla de jogadores que estavam emprestados. Maycon teve a cessão vinda do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, renovada por mais um ano, enquanto Yuri foi comprado em uma operação construída com o repasse de direitos econômicos e participação em vendas de quatro atletas (Ivan, Robert Renan, Du Queiroz e Gustavo Mantuan), além da prioridade de uma jóia da base (Pedro). O que entra no terceiro objetivo do futebol corintiano no mercado: ser econômico.
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Desde que assumiu o Corinthians, no início de 2021, a atual gestão tem buscado se profissionalizar na administração do clube. Para isso, tem contado com o apoio da Falconi, que é uma consultoria que tem ajudado a equipe alvinegra principalmente a respeito das finanças. O presidente Duílio Monteiro Alves assumiu o Timão com quase R$ 1 bilhão em dívidas, sendo mais da metade a curto prazo. O desafio era enxugar a máquina e gerar novas receitas. No último ano de mandato, o endividamento pouco diminuiu, mas o clube conseguiu se manter estando em nível de competitividade esportiva. Para isso, adotou uma postura de mercado com os seguintes nortes: compra de atletas livres de contrato, prioridade em operações por empréstimos e os raros investimentos serem em ativos jovens que possam render frutos no futuro.
No primeiro trimestre de 2022, a ideia do departamento de futebol no Corinthians é observar o elenco. Não há desespero para reforçar nos primeiros meses. A ideia é trabalhar o mercado, principalmente o alternativo. O diagnóstico da direção corintiana é que o local para se explorar opções tecnicamente vantajosas é a Europa, mas lá o padrão financeiro excede o que o clube pode No Brasil, o entendimento é que os jogadores disponíveis estão no mesmo nível dos que estão no plantel corintiano ou os da base do clube.
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Desde o ano passado, uma posição que o futebol do Timão acredita ser de reposição necessária é um meio-campista que possa jogar também pelos lados. Existia uma grande expectativa em Willian, que nunca se firmou e deixou o Time do Povo no segundo semestre para voltar à Inglaterra. O Coringão quer um atleta com essa característica para agregar em nível técnico e opções táticas para o treinador Fernando Lázaro. Philippe Coutinho é o grande sonho corintiano, mas está distante, mesmo com o seu agente, Kia Joorabchian, se movimentando para fazer valer o negócio. Matheus Pereira chegou perto de acertar, mas o Al Hilal só aceitava emprestá-lo até o meio do ano, o que não foi de interesse da parte alvinegra.
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