Presidente diz que Oswaldo não fez ‘o mínimo’, e vê pressão e erro do Timão
Demitido apenas dois meses após dua contratação, Oswaldo de Oliveira foi 'um erro' do Corinthians, diz Roberto de Andrade. Pressionado até por aliados, mandatário admite culpa
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Roberto de Andrade apostou em Oswaldo de Oliveira à revelia de boa parte de seus oposicionistas e mesmo da torcida do Corinthians. Após dois meses, pressionado até por aliados da diretoria, decidiu encerrar a passagem do experiente treinador com apenas nove jogos. Em pronunciamento nesta quinta-feira, dia da oficialização da demissão, o presidente do Timão admitiu ter errado na contratação do técnico e reconheceu também a pressão política que ocasionou a saída.
- Trouxemos o Oswaldo porque acreditávamos na competência dele, ele passou pelo Corinthians e conquistou grandes títulos. Logicamente que a pressão, esse contra de todo mundo, que particularmente eu não consigo enxergar, e os resultados apresentados por ele nesses dois meses... Sabíamos que não dava para fazer muita coisa nesse curto espaço de tempo, mas a resposta dada nesses dois meses de trabalho também não foi o mínimo que esperávamos - disse, antes de completar o raciocínio e admitir pressão.
- No futebol a cobrança é grande, ainda mais no Corinthians, que busca títulos. Vamos disputar grandes títulos anos que vem e sabíamos que seria uma pressão ainda maior. Poderiam acontecer resultados bons, sim, mas eu não tenho bola de cristal. Se soubéssemos que o treinador não daria certo... O importante é que a gente corrija o erro, é o que estamos fazendo. Vamos por o Corinthians novamente no topo.
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Em nove jogos, Oswaldo de Oliveira acumulou duas vitórias, quatro empates e três derrotas. Na Copa do Brasil, comandou um dos dois jogos das quartas de final e foi eliminado mesmo em vantagem e no Brasileirão assumiu e saiu em sétimo lugar, sem vaga na Libertadores de 2017. Na busca pelo novo treinador, Roberto de Andrade já explicou os erros que não espera que se repitam.
- Sabemos que você pode errar, mas persistir no erro é pior ainda. Claro que a ideia é que o próximo treinador não fique dois meses, mas cinco ou dez anos. Para isso acontecer é preciso ter resultado, no futebol sem resultado fica difícil. Se o elenco não funciona, tem que mexer no elenco também, é o que iremos fazer.
- Se todo mundo estiver contra o Oswaldo e eu estou tirando o Oswaldo, acho que estou agradando. Mas não fiz isso para agradar, não por problema político, mas em prol do Corinthians. Se isso contribuir (contra o impeachment), ótimo.
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