Queda de público do Timão na Arena entristece jogadores, diz Rodriguinho
Meio-campista foi capitão do Corinthians na partida contra o Atlético-MG, mas relembrou duelo com o Cruzeiro, quando equipe venceu, mas deixou campo vaiada. Públicos pioraram
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A partida contra o Atlético-MG, que terminou empatada sem gols pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, marcou o terceiro recorde negativo de público consecutivo da Arena Corinthians, que contou com 17.135 pagantes. Em fase de definições no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil, o Timão está incomodado com as marcas desfavoráveis, e coube ao meio-campista Rodriguinho externar a posição do grupo de jogadores. Capitão do Corinthians contra o Galo, o camisa 26 foi questionado sobre a queda de público e o comportamento da Fiel nesta quinta-feira e falou grosso.
- É uma coisa que nos causa sentimento de tristeza, porque o Corinthians sempre foi reconhecido e visto como um time que a torcida empurra sempre, comparece, e nesses jogos foi diferente. É até estranho para quem já viveu momentos anteriores de glória, casa cheia, com a torcida nos apoiando, viver agora esse momento difícil - disse Rodriguinho, que questionou não só a queda de público, como o comportamento da torcida também.
- Contra o Cruzeiro, mesmo vencendo, parte da torcida nos vaiou no final do jogo e ficamos sem resposta, sem saber o por quê. A gente está muito triste, é um momento complicado em termos de diretoria, saída de jogadores, mudanças de comissão... Temos de nos adaptar e voltar a ser aquele time acostumado com glórias - sentenciou o jogador, vinculado ao Timão desde 2013.
Em menos de duas semanas o Corinthians teve três recordes negativos de público na Arena. Antes do Atlético-MG, no último domingo, dia 25 de setembro, contra o Fluminense, veio o primeiro recorde da série: 18.838 pagantes. A derrota desestimulou o público para a partida seguinte, contra o Cruzeiro, quarta-feira, pela Copa do Brasil: 18.796. Além do momento turbulento da equipe, há outros fatores que ajudam a explicar a baixa ocupação do estádio em Itaquera: interdição do Setor Norte, sequência de partidas em casa (seis no último mês) e os preços dos ingressos, que variam de R$ 35 a R$ 180 também pesam.
Pelo menos na parte esportiva, dentro de campo, Rodriguinho vê a reação próxima da Arena Corinthians nos próximos compromissos.
- O jogo contra o Atlético-MG nos trouxe um alento. Disputamos contra uma grande equipe, nos impondo o tempo todo, com uma vontade que a torcida nos cobrou e hoje apareceu. Temos que seguir nesse caminho para conseguir os resultados e colocar medo nos adversários - disse Rodriguinho, com objetivos claros para a sequência da temporada.
- Temos dois objetivos bem definidos: o primeiro é a classificação para a Libertadores pelo Campeonato Brasileiro. É possível, até pela evolução do time nos últimos jogos. Temos uma sequência interessante para somar pontos e voltar para essa briga. E o segundo é a Copa do Brasil, que está se tornando muito importante e temos chances de chegar. Esperamos encaixar não só o meio de campo, mas a parte defensiva, o ataque, fazer a bola entrar... Assim alcançaremos esses dois objetivos.
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