Romero fala sobre homofobia da torcida do Palmeiras e cita Leila Pereira
Atacante paraguaio foi hostilizado antes do jogo começar na Arena Barueri

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O atacante Ángel Romero, do Corinthians, criticou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, após ser alvo de gritos homofóbicos vindos da torcida alviverde durante o clássico deste sábado (12), na Arena Barueri, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O paraguaio pediu punição ao rival e cobrou uma postura mais firme da dirigente do clube.
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— Essa pergunta deveria ser feita para a presidente do Palmeiras, que está tão preocupada com isso. Está à vista o que aconteceu hoje. Mas não vai acontecer nada, a gente sabe de onde vem. Se fosse na Arena, a gente sabe o que ia acontecer. Sou contra racismo, xenofobia, convivo com isso todo dia. Aqui no Brasil a maioria das pessoas não quer aceitar isso, todo mundo viu o que aconteceu hoje, vou continuar combater isso, quero ver se tem punição, aconteceu contra o Cerro Porteño ato de racismo com a mesma torcida, ato de racismo, vamos ver se a Conmebol faz alguma coisa. quero ver se tem alguma punição ou se tem preferência para punição — argumentou o atacante paraguaio, após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras.
Durante o aquecimento dos jogadores do Corinthians, parte da torcida palmeirense entoou cânticos homofóbicos direcionados a Romero. O episódio aconteceu antes do início da partida, vencida pelo Palmeiras por 2 a 0.
— Romero, v** — gritaram torcedores nas arquibancadas, enquanto o atacante corintiano realizava os trabalhos de pré-jogo no gramado.
Romero começou no banco de reservas e entrou no intervalo, substituindo o lateral Matheus Bidu. Após a partida, ele se manifestou sobre o ocorrido e cobrou coerência na aplicação de punições por parte das entidades responsáveis.
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Em 2023, o Corinthians foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a realização de uma partida com portões fechados, após gritos homofóbicos de parte de sua torcida durante clássico contra o São Paulo. Romero relembrou o episódio para pedir que o mesmo rigor seja adotado neste caso.
Questionado se acredita que haverá mudanças no comportamento dos torcedores, Romero mostrou ceticismo.
— [É preciso] aceitar que no Brasil tem racismo, se preocupam muito com o que acontece lá fora. Estou há oito anos no Brasil e nunca vi um brasileiro preso por racismo, se fosse estrangeiro, sim. Tem punição, cadeia, vocês escutaram hoje — falou o jogador.
Com a derrota para o rival, o Corinthians caiu para a sétima posição do Campeonato Brasileiro. Com quatro pontos em três rodadas, o Timão tentará a recuperação no Brasileirão na próxima rodada, quando recebe o Fluminense, na quarta-feira (16), às 19h30, na Neo Química Arena.

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