Investigado na Laja Jato, vice do Timão é preso por posse de armas
André Luiz Oliveira, o André Negão, foi levado pela Polícia Federal em condução coercitiva autorizada por Sergio Moro. Pagamento de propina pela Odebrecht em obras é investigado
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O vice-presidente do Corinthians, André Luiz Oliveira, conhecido como André Negão, foi preso em flagrante nesta terça-feira por posse ilegal de armas. A detenção se deu no momento em que policiais federais chegaram à casa do dirigente para conduzi-lo coercitivamente para depor na 26ª fase da Operação Lava Jato. André foi detido com duas armas, mas o crime é afiançável e ele poderá ser liberto assim que depositar o valor firmado pelo delegado da PF para a fiança. Ainda não há previsão dos próximos passos referentes à Operação Lava Jato.
A operação Lava Jato aponta que houve pagamentos de propinas da construtora Odebrecht na construção da Arena Corinthians, inaugurada em 2014. A revelação foi feita nesta terça-feira pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa Lava Jato, em Curitiba.
De acordo com o Ministério Público Federal, um diretor da Odebrecht aparece em planilhas da empresa responsável pelas obras da Arena Corinthians como autor de solicitações de pagamento de R$ 500 mil para uma pessoa identificada como "Timão". Segundo o procurador do Ministério Público Federal, Carlos Fernando Santos de Lima, alguns dos codinomes contidos nas planilhas já foram decifrados. Lima, porém, não revelou se o "Timão" já é conhecido após a análise de dados e afirmou que "na medida do possível, o juiz Sergio Moro baixará o sigilo e os fatos ficarão mais claros".
André Negão foi conduzido à sede da Polícia Federal na manhã desta terça-feira por quatro autoridades policiais que integram o Grupo de Trabalho da Operação Lava Jato. Foram 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco. Estão sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de condução coercitiva, 11 mandados de prisão temporária e quatro mandados de prisão preventiva. Os investigados responderão, dentre outros, pelos crimes de corrupção, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de ativos.
De acordo com evidências surgidas em fases anteriores da Operação Lava Jato, um setor da Odebrecht tinha dentre suas missões viabilizar, mediante “pagamentos paralelos”, atividades ilícitas em favor da empresa.
Atualizada às 15h01
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