Vítor Pereira vê derrota justa do Corinthians e admite ter poupado pensando no Boca: ‘Risco calculado’
Técnico do Timão reconheceu superioridade do Fluminense e culpou o calendário brasileiro pelo elevado número de lesões no elenco
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Contra o Fluminense, o Corinthians levou quatro gols em uma partida pela primeira vez sob o comando de Vítor Pereira. Na coletiva após a goleada sofrida no Maracanã, pela décima quinta rodada do Brasileirão, o treinador português reconheceu a superioridade do adversário e disse ter poupado seus principais jogadores visando a partida de terça-feira (5), contra o Boca Juniors, pela Libertadores.
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- É uma derrota que custa, não me recordo na minha carreira de uma derrota assim, mas foi justa pelo que aconteceu em campo. Priorizamos o jogo contra o Boca. Hoje, corremos riscos, juntando a maioria dos jogadores que não tem grandes oportunidades de jogar, com falta de ritmo, juntando os miúdos. Apanhando um Fluminense bem trabalhado, uma equipe que está fresca, na máxima força. Sabíamos que o risco era grande e que íamos cometer erros. Risco calculado, mas é uma derrota pesada, que custa a nós e à torcida. A corda estica e um dia arrebenta. Contra fatos não há argumentos. Nesse jogo, não tínhamos argumentos para encarar uma equipe como o Fluminense - afirmou.
Na visão do treinador corintiano, a qualidade da equipe de Diniz, aliado aos desfalques e a falta de entrosamento entre os jogadores em campo foi decisivo para a acachapante derrota fora de casa. Mesmo assim, ele saiu em defesa dos seus atletas.
- A qualidade da equipe adversária, jogadores que tem jogado pouco, misturado com jovens que não tem muita ligação, a não ser no treino. Tentamos colocar um ou outro jogador para dar tranquilidade à equipe, mas só podíamos arriscar 45 minutos, senão acumularíamos tempo que nos afetaria contra o Boca. É uma junção de tudo, teríamos que ter a bola, e pelas características dos jogadores em campo, não fomos capazes. Passamos a maior parte do tempo defendendo, quando ganhávamos a bola, acelerávamos, mas eu não posso apontar nada aos jogadores que tiveram em campo. Eles tentaram tudo, mas foram incapazes de contrariar um adversário mais ligado, forte, com jogadores que têm jogado mais - comentou.
Para Vítor Pereira, o clube pode recuperar os pontos perdidos no Maracanã, mas não poderia arriscar perder mais jogadores para o duelo de volta contra o Boca.
- Lamento o resultado. Não temos que falar muito desse jogo. Perdemos três pontos, mas são recuperáveis, mas o próximo (contra o Boca) não há como recuperar. Temos que recuperar, ver os jogadores disponíveis. Espero que consigamos recuperar alguns deles, para nos apresentarmos competitivos contra o Boca -ponderou.
O treinador espera uma conversa com o departamento médico neste domingo (3) para saber se poderá contar com os jogadores lesionados. Diante do Tricolor das Laranjeiras, ele teve 10 desfalques por problemas médicos.
- Vamos viajar, amanhã temos treino, espero uma reunião com o departamento médico, para eles me passarem o relatório. Um ou outro vai ser quase até a hora do jogo, para perceber se podem ir ao jogo.
O técnico lusitano voltou a culpar o calendário brasileiro pelo elevado número de lesões no elenco, e disse que está ficando com cada vez menos opções para escalar a equipe.
- Vamos esticando a corda, ou seja, vamos tendo lesionados, e o número de soluções vai diminuindo, temos que jogar mais vezes com os mesmos jogadores. Quem anda nas competições todas? É um calendário absurdo, não imaginei que fosse possível, mas neste país é possível. Quem continua a disputar as competições todas, tem uma grande dificuldade. O Du Queiroz lesionou-se por ter que jogar muitas vezes consecutivas, de três em três dias. Chegamos ao limite do risco e ele se lesiona. Quando temos menos opções, chega um dia como esses, em que precisávamos da máxima força, da melhor equipe, jogadores frescos, e chega uma hora que arrebenta, arrebentou-se - esbravejou o técnico.
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CENÁRIO NO BRASILEIRÃO
- Há muitos clubes com mais argumentos, em qualidade e quantidade. Se tivermos todos os jogadores disponíveis, podemos andar ali. Se tivermos mais de uma competição e nove jogadores fora, não temos os argumentos e soluções que tínhamos quando cheguei.
GOLS SOFRIDOS
No período em que fomos melhores, no início da segunda parte, tentamos ser pressionantes, mas eles saíram da pressão e fizeram o terceiro gol, e depois o quarto. Os gols saíram em duas bolas paradas em que deveríamos ter feito melhor. Levamos o terceiro gol na transição, quando estávamos melhores. O quarto é um gol quase oferecido. Foi demérito nosso, não deveríamos perder a bola ali, mas aconteceu.
GIOVANE
Gostei, criou problemas na primeira parte. Tem algumas características que eu gosto. Fez um bom jogo, dentro do contexto da equipe. Posso dar a minha opinião técnica, mas quem decide é o clube.
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