Governo de São Paulo proíbe retorno de público nos estádios
Proposta da CBF discutida na última terça foi vetada por Dória e comitê de contingência do vírus; segundo plano do Estado, apenas regiões na fase azul podem receber esses eventos
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Diferentemente do que foi proposto por um estudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na última terça-feira, o Governo de São Paulo vetou o retorno de torcedores nos estádios paulistas no Campeonato Brasileiro e nos jogos da Seleção Brasileira por conta da pandemia do coronavírus.
Ontem (22), o Ministério da Saúde aprovou um documento da CBF que autoriza a entrada de até 30% do público a partir de outubro na Série A do Brasileirão. No entanto, o governador João Dória (PSDB-SP), disse nesta quarta que, avaliando a proposta em conjunto com o Centro de Contingência contra o Coronavírus, isso não será permitido em São Paulo neste momento.
- Nós fizemos uma reunião com o comitê de contingencia ontem (terça) e ele concluiu que o cenário atual da pandemia no Estado de São Paulo não permite a retomada de público em eventos associados a grandes aglomerações como as partidas de futebol de qualquer categoria – disse José Medina, coordenador do órgão, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no início desta tarde.
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Os responsáveis avaliaram que a região permanece em estado de calamidade pública e, portanto, não haverá o retorno de torcedores aos estádios nas fases amarela e verde no plano de retomada gradual das atividades econômicas – pelo plano, somente são autorizados eventos desse porte em locais em fase azul.
Além disso, eles explicaram que a presença de público envolve mais do que o imaginado, como deslocamento, policiamento e pessoas vindas de outras cidades, o que poderia aumentar novamente a curva de contágio da Covid-19. A decisão contrária ao pedido da CBF foi tomada de forma unânime pelos especialistas integrantes do Centro de Contingência.
Pela proposta da CBF, os principais times da capital paulista mobilizariam entre 15 mil a 20 mil torcedores por partida, inviabilizando o controle de aglomerações e o distanciamento social em ruas, estabelecimentos comerciais e espaços de alimentação em barracas de vendedores ambulantes no entorno dos estádios.
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