ANÁLISE: Derrota expõe carências e traça futuro do Cruzeiro com Diniz
Técnico enfrenta dificuldades no seu início de trabalho no Cabuloso
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A derrota para o Racing, na final da Sul-Americana, expôs deficiências e carências no elenco do Cruzeiro. Além disso, a alteração feita ainda no primeiro tempo, de Lucas Silva no lugar de Walace, deu uma dica do caminho que Fernando Diniz deve seguir para a próxima temporada.
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Derrota na final da Sul-Americana
O desempenho da Raposa nos minutos iniciais da final foi desastroso. A opção por começar o jogo com Walace no meio se mostrou equivocada, visto que a equipe não controlou o meio de campo, pecou na saída de bola e, ao contrário do que se esperava, ficou com a zaga muito desguarnecida.
Com o placar desfavorável, Diniz colocou Lucas Silva no lugar de Walace, aos 29 minutos do primeiro tempo. A mexida mudou totalmente a postura do Cruzeiro em campo, e em pouco tempo, a pressão do Racing diminuiu, e a Raposa conseguiu colocar a cabeça no lugar e criar algumas oportunidades de gol.
Na segunda etapa, o Cruzeiro foi para o tudo ou nada, e aos sete minutos, diminuiu o placar com Kaio Jorge. Após o gol, o time mineiro começou a gostar do jogo e partiu para cima do Racing. A equipe de Diniz passou a ter mais volume de jogo, enquanto os argentinos apostaram no contra-ataque.
Porém, o Cruzeiro foi insuficiente e pagou o preço por ter sido dominado pelo Racing no primeiro tempo. Ao final, os argentinos mataram o jogo com Roger Martínez, que disparou sozinho e chutou cruzado sem chance para Cássio.
Análise de Fernando Diniz no Cruzeiro
No Cruzeiro, em 11 jogos, Fernando Diniz conquistou apenas duas vitórias, empatou quatro e perdeu cinco vezes. Tal retrospecto consolida o momento ruim da Raposa e dá sinais de incompatibilidade dos jogadores com o técnico.
Caso o Cruzeiro queira vingar com Fernando Diniz, jogadores como Marlon, Walace, João Marcelo, Romero e até mesmo Cássio não podem ter vaga cativa no time titular.
Com um estilo de jogo ousado e autoral, Diniz precisa de jogadores que tenham uma boa saída de bola, e um QI tático acima da média. Lucas Silva evidenciou isso no momento em que entrou na partida e pôs fim na bagunça que era o meio-campo do Cruzeiro, naquele momento.
No entanto, uma andorinha só não faz verão. O dono da SAF, Pedro Lourenço, terá que ir ao mercado trazer jogadores mais qualificados para exercer as funções impostas por Fernando Diniz.
Qualidades necessárias em cada posição
- Goleiro: Bom como líbero e na saída de bola.
- Lateral: Qualidade na construção de jogadas pelo meio.
- Zagueiro: Rápido e bom tanto nos lançamentos, quanto nos passes curtos.
- Volante: Ter um passe que quebre linhas e saber controlar a velocidade do jogo.
- Meia: Muita técnica e criatividade.
- Ponta: Ser intenso, rápido e habilidoso.
- Atacante: Finalizador e bom construtor de jogadas.
Cabe agora à comissão administrativa e técnica encontrar jogadores com essas qualidades e identificar no elenco os atletas que não se encaixam no perfil de jogo adotado por Diniz. Além da mão-de-obra certa, o tempo será um fator crucial para o desenvolvimento do projeto.
O que vem pela frente?
Após o vice da Sul-Americana, o Cruzeiro volta as suas atenções para o Campeonato Brasileiro. Na quarta-feira (27), a Raposa enfrenta o Grêmio, às 21h (de Brasília), em partida válida pela 35ª rodada da competição.
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