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Conselho Gestor do Cruzeiro encerra com balanço positivo, além de R$ 5 milhões em patrocínios para o clube

Os gestores, que assumiram o clube de forma emergencial no fim de 2019, conseguiram dar um norte para a Raposa e seu próximo presidente, Sérgio Santos Rodrigues

O novo conselho gestor do Cruzeiro se reuniu pela primeira vez para definir as ações de 2020
imagem cameraO grupo de pessoas que assumiu o clube conseguiu melhorar a situação da Raposa, que ainda é preocupante, mas já existe um norte a ser seguido-(Divulgação/Cruzeiro)
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 30/05/2020
16:49
Atualizado em 30/05/2020
17:28

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Foram seis meses de atuação, no pior momento da história do Cruzeiro, que ainda inspira muitos cuidados dentro e fora de campo, mas o grupo de pessoas que assumiram o clube, em dezembro de 2019, denominado Núcleo Diretivo Transitório, que ficou mais conhecido como “Conselho Gestor do Cruzeiro”, deixará o comando da Raposa para a posse do novo presidente Sérgio Santos Rodrigues, vencedor da eleição realizada no dia 21 de maio para um mandato “tampão” até o fim do ano.

E, o novo mandatário do clube encontrará melhores condições para seguir o trabalho árdua de reconstrução do Cruzeiro, dilapidado nos últimos anos por gestões ruins e temerárias, que culminaram em amargo e inédito rebaixamento, além de uma crise financeira sem precedentes.

Na saída do Conselho Gestor da Raposa, há boas heranças como um caixa de R$ 5 milhões para quitar salários e outros compromissos.

Em um balanço dos trabalhos, divulgados pelo conselho, houve a obtenção desse dinheiro com a parceria com a Ambev, no valor de R$ 2,1 milhões e outros R$ 3 milhões que virão de um novo patrocinador.

O conselho também deixou encaminhado uma uma negociação para conseguir um empréstimo no valor de R$ 50 milhões com uma instituição bancária.

O valor de entrada de dinheiro nos cofres do clube pode aumentar, já que o Cruzeiro ainda tenta a liberação dos R$ 6,5 milhões de valores bloqueados pela venda do meia Arrascaeta para o Flamengo.

Redução da folha salarial

Outra ação importante do conselho gestor e do presidente interino, José Dalai Rocha, que conseguiram reduzir de R$ 16 milhões para R$ 3 milhões mensais a folha salarial do clube, um dos maiores gastos da instituição.

A economia estimada com essa redução chega a R$ 156 milhões, além de mais R$ 25 milhões com a demissão de 110 funcionários e prestadores de serviços.

As parcelas que estavam atrasadas e quase tiraram o Cruzeiro do Profut, foi solucionada com uma vitória jurídica, pois o clube provou que havia crédito no programa. Todavia, a liminar pode ser revogada, pois a parcela de abril não foi paga.

Futebol turbulento

Se fora de campo as coisas tomavam corpo, nas quatro linhas, houve momentos tensos e falhas como a contratação de Ocimar Bolicenho como diretor de futebol e a condução da saída de Adilson Batista do cargo de treinador que gerou desgaste. ,

A perda de seis pontos na próxima Série B do Brasileiro por não ter conseguido pago dívida de R$ 5 milhões com o Al-Wahda, pelo empréstimo do volante Denílson, também foi uma derrota do conselho. Todavia, em geral, houve mais acertos e o clube terá um caminho a ser seguido para sair dessa imensa crise. Entre as ações implantadas pelo conselho gestor, estão:

No clube

-Redução de 81% da folha salarial geral (de 16 para 3 milhões/mês), economia anual de R$ 156 milhões;
-Finalização da proposta do Novo Estatuto, já encaminhada a todos os Conselheiros para discussão;
-Início da renegociação com os clubes que geraram processos na FIFA;
-Retorno do Cruzeiro ao PROFUT;
-Redução da punição da CBF quanto ao mando de campo;
-Mudança na Comissão Técnica de Futebol;
-Mudança da Diretoria de Futebol Profissional e da Base;
-Renegociações de contratos com atletas e Comissão Técnica do Futebol Profissional;
-Análise de todos os contratos de aquisição de jogadores e negociação com agentes;
-Intenção na retomada e busca de parceiros para volta do atletismo;
-Novo relacionamento e valorização as equipe de vôlei Sada Cruzeiro;

Parte administrativa

-Economia de mais de R$ 25 milhões/ano, com a revisão de todo o quadro de colaboradores, sendo desligados 110 funcionários e prestadores de serviço;
-Renegociação com credores e fornecedores;
-Desativação de dois andares da Sede Administrativa, para diminuição de gastos com energia e manutenção;
-Cancelamento de cartão corporativo para uso do presidente e diretores;
-Colocação à venda de veículos que eram usados pela presidência e diretoria;
-Suspensão de linhas telefônicas de uso da diretoria

Ações de transparência

-Entrega do relatório da Kroll ao MP, com investigação corporativa;
-Lançamento do Portal de Transparência;
-Apresentação de auditoria contábil feita pela Moore
-Acompanhamento das investigações com as polícias e Ministério Público;
-Distrato e exclusão dos conselheiros remunerados em 2018 e 2019 pela Comissão de Ética e Disciplina.

Inovações no clube
-Criação do Comitê de Inovação e Tecnologia, coordenado pela Samba Consulting (Grupo Samba Tech);
-Reestruturação da área de TI, que foi terceirizada pela administração anterior.

Novas ações de marketing e comerciais

-Lançamento do Sócio Reconstrução e reformulação de todo o programa Sócio Cinco Estrelas, totalizando hoje 58.000 sócios ativos em fevereiro;
-Revisão da política de distribuição de ingressos e cortesias
-Entrada de novos parceiros e patrocinadores;
-Remodelação completa do programa sócio-torcedor com a criação de categorias de sócio cativo;
-Revisão e melhoria de contratos de patrocínios;
-Realinhamento do contrato com a Adidas;
-Criação do setor de Relacionamento com o Torcedor.

Institucional do clube

-Novo relacionamento com entidades como CBF, FIFA e FMF;
-Retomada da credibilidade do clube em várias áreas;

Clubes sociais

-Criação de novas atividades de recreação;
-Adequação da estrutura de pessoal;
-Adequação dos horários de funcionamento;
-Retirada de privilégios de alguns Conselheiros;
-Reestruturação das escolinhas do Cruzeiro, otimizando professores, horários e objetivos

Negociações extras

-Renegociação com a Minas Arena com a redução do valor do contrato;
-Estudo do melhor modelo contábil para recuperação e quitação das dívidas;
-Estudo do melhor aproveitamento dos imóveis para redução de custos e gerar rentabilidade;
-Pedido de liberação dos valores bloqueados de R$ 6,5 milhões da venda do atleta Arrascaeta;
-Recebimento da AMBEV de R$ 2,1 milhões a partir de 01/06 para pagamento de salários;
-Novo contrato de patrocínio no valor de R$ 3 milhões;
-Negociação de empréstimo com instituições no valor de R$ 50 milhões.

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