Considerado favorito no seu grupo, Cruzeiro quer evitar sufoco de 2018

Na Libertadores passada a Raposa teve dificuldades para avançar de fase, quando fez apenas dois pontos nos primeiros jogos na edição passada da competição

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Quando o Cruzeiro conheceu os seus adversários na edição 2019 da Copa Libertadores, analistas e torcedores foram quase unânimes em afirmar que o time celeste era a grande força do Grupo B, composto por Deportivo Lara, da Venezuela, Emelec, do Equador, e Huracán, da Argentina.

Porém, o time azul quer evitar esse excesso de favoritismo para não gerar expectativa em excesso do seu torcedor e mais gana dos rivais em bater o time brasileiro, que inicia sua caminhada na competição nesta quinta-feira, dia 7 de março, contra o Huracán, em Buenos Aires, às 19h.
O Cruzeiro tem motivos para ser cauteloso com a expectativa que gera. Em 2018, o clube mineiro estava no Grupo E e disputou uma vaga nos mata-matas contra Vasco da Gama, Racing-ARG e Universidad de Chile. A Raposa também foi considerada uma das forças do grupo junto com o Racing. Porém, na prática, a classificação para as oitavas de final foi penosa.

O Cruzeiro fez apenas dois pontos nos três primeiros jogos, perdendo para o Racing na estreia, na Argentina, empatando os duelos contra a La U, no Chile e Vasco, em casa, quando era dado quase como certo conseguir os pontos sobre os cariocas, que viviam uma fase ruim. A recuperação do time azul só iniciou na quarta rodada da Libertadores, quando goleou, no Mineirão, a mesma La U por 7 a 0, Em seguida, bateu o Vasco no Rio e consolidou a classificação com uma suada vitória por 2 a1 sobre os argentinos, em casa.

Ciente da sua força e respeitando os adversários, mesmo com menos tradição na Libertadores,faz com que o técnico Mano Menezes evite a pecha de grande time do grupo para não trazer uma pressão extra ao grupo de jogadores nesta edição da competição sul-americana.

-Vamos enfrentar equipes que não são tão tradicionais de chegar em reta final, mas não são equipes desprezíveis. O Emelec tem uma tradição em Libertadores, quase sempre está na competição. É uma espécie de Cerro Porteño, né?! Você olha a Libertadores, e quase sempre eles estão lá. Isso vai dando rodagem quando vocês jogam contra essas equipes. O Deportivo Lara é a equipe que tem um pouco menos de capacidade de investimento. Mas é uma viagem longa, um jogo em condições um pouco diferentes, o país atravessa dificuldades, é um cuidado a mais que temos que tomar. A logística é mais que necessária, temos que levar alimentação para fazer, cozinheira, coisas que geralmente você não precisa levar para um jogo normal nas grandes capitais da América Latina- disse o treinador em entrevista ao Fox Sports.

Sobre o Huracán, Mano comentou que é mais uma equipe argentina que pode trazer dificuldades para o Cruzeiro, mesmo sendo um time com menos vivência na competição continental. O Huracán joga sua quarta Libertadores, contra 17 da Raposa, bicampeã em 1976 e 1997.
-O Huracán volta a jogar depois de algum tempo. Os argentinos nós temos sempre que respeitar. Temos assistido mais aos jogos do Huracán porque é o adversário de estreia. É uma equipe forte fisicamente, que vai dar trabalho e está se armando ainda. Os argentinos se preparam bem para essa competição.

O treinador está tão “cabrero” com o rótulo de favorito, que citou até a eliminação do São Paulo para o Talleres, clube pequeno da Argentina, que tirou o tricampeão da América do torneio ainda na fase pré-grupos e os avanços, com alguma dificuldade, do Atlético-MG diante de Danúbio e Defensor, ambos do Uruguai.

-Eu pensei o que sempre penso. Você não pode desprezar ninguém dentro da competição. É só você olhar aí… imagina que um clube uruguaio não dá tanto trabalho, mas vimos nosso principal adversário passar dificuldades na segunda fase da Copa Libertadores. Vimos o São Paulo ser eliminado pelo Talleres. Quando saiu o sorteio, apontamos o São Paulo como favorito para passar. A Copa Libertadores nos ensina a não desprezar os adversários e nos preparar bem- concluiu Mano Menezes.

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