Dono do Cruzeiro, Ronaldo revela bastidores da compra da SAF e detona antiga gestão do clube

Dono de 90% das ações da SAF do Cruzeiro, desde que chegou, Ronaldo Fenômeno definitivamente "ajeitou a casa" na Raposa. Esportivamente, o investimento e o controle de despesas do Fenômeno fizeram o clube celeste voltar à Série A do Brasileirão, mas é na parte administrativa a mudança mais radical. O Fenômeno adotou um plano de responsabilidade fiscal, coisa que, segundo ele, a antiga gestão não tinha.

Em entrevista ao poscast "Mano a Mano", de Mano Brown, o executivo criticou os antigos mandatários estrelados, além de culpar o extinto Conselho Deliberativo da Associação da situação calamitosa que o Cruzeiro se encontrava. Confira o que foi dito:

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- "O Cruzeiro tinha 400 conselheiros que votavam em assembleia para determinar o futuro de cada ação do clube. Como que os conselheiros deixaram o Cruzeiro chegar onde chegou? Faltou... não tem responsabilidade fiscal nos clubes associativos porque a cada quatro anos muda de presidente e você passa o pepino para o outro - disse o ex-atacante.

Em seguida, Ronaldo revelou o quão grande era o risco de se fazer um investimento no Cruzeiro àquela altura (em dezembro de 2021). O Fenômeno ainda acrescentou que o clube foi oferecido a vários empresários, que recusaram as propostas. Segundo o executivo, a Raposa estava em "estado terminal".

- Ninguém queria o Cruzeiro, tinha uma dívida de R$ 1 bilhão, e o Cruzeiro estava num estado terminal assim, de último ano... os últimos seis meses de vida. Ninguém quis o Cruzeiro. Pessoal da XP (investimentos) ofereceu para o mundo todo, grandes empresários e ninguém queria o Cruzeiro, porque era uma dívida muito grande e muita coisa que estava para acontecer - contou.

Atualmente, a SAF do Cruzeiro aprovou, junto aos principais credores um Plano de Recuperação Judicial (RJ), que dará ao clube oportunidades de quitar as dívidas onerosas e emergentes. Internamente, o planejamento de Ronaldo Fenômeno e sua equipe é retomar o protagonismo esportivo nacional em um prazo de até sete anos.