Renúncia coletiva da diretoria do Cruzeiro está sendo discutida em reunião na Toca da Raposa
Opositores e até aliados do presidente Wagner Pires de Sá e de Itair Machado aparentam ter consenso sobre a saída da dupla do comando do Cruzeiro
A crise no Cruzeiro já ganhou contornos de “tragédia grega”, com um roteiro de desespero, intrigas e muitas reviravoltas. Após mais um resultado ruim dentro de campo, empate por 0 a 0 com o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, a manhã desta quinta-feira, 10 de outubro começou quente fora dos gramados.
Uma reunião está sendo realizada na Toca da Raposa II com a intenção de discutir a situação da diretoria cruzeirense, capitaneada por Wagner Pires de Sá e tendo o vice de futebol, Itair Machado, como principal alvo de torcedores e opositores pela responsabilidade na atual vivida pelo clube.
Há informações de que a reunião pode definir uma renúncia coletiva de toda a diretoria da Raposa. Estão reunidos no CT do time azul membros da administração atual e até antigos apoiadores se uniram ao grupo de opositores pedindo a saída do grupo que comanda o Cruzeiro no momento.
A renúncia de Wagner Pires e do vice de futebol, Itair Machado, seria um ponto em comum entre oposição e situação para pacificar o clube. Na última sexta-feira, Sérgio Nonato deixou o cargo de diretor-geral da Raposa afirmando que era para ajudar a “pacificar o clube”.
Os grupos de situação e de oposição defendem que Hermínio Lemos, atual vice presidente da Raposa, se torne candidato para uma eleição extraordinária que seria convocada assim que Pires de Sá se afaste da presidência.
O movimento para afastar o presidente do Cruzeiro se intensificou nos últimos dias e, mesmo que não haja uma renúncia nesta quinta-feira, haverá uma reunião de conselheiros convocada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, no dia 21 de outubro, para discutir o afastamento da diretoria.
Crise no Cruzeiro se iniciou em Maio
O Cruzeiro iniciou o seu calvário após denúncias veiculadas pela TV Globo, no mÊs de maio, de que membros da diretoria estavam cometendo irregularidades financeiras com direitos de atletas; obtendo empréstimos duvidosos com empresários não credenciados para atuar no futebol, além de crimes como falsidade ideológica e cessão de direitos de um jogador menor de idade dado como garantia para quitar dívidas. Esses desvios estão sendo investigados pelo Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Civil e Federal.