Vice do Cruzeiro renuncia ao cargo e abre caminho para a saída de toda a atual diretoria do clube
Ronaldo Granata, que estava resistente em deixar o cargo, fez uma carta de renúncia, o que, na prática, cria o ambiente propício para a saída de Wagner Pires de Sá
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A dissolução da atual diretoria do Cruzeiro está a caminho, abrindo caminho para a saída de Wagner Pires de Sá da presidência do clube, com um conselho gestor se instalando.
O primeiro a “deixar” o barco, foi o vice presidente Ronaldo Granata, que estava resistente em deixar o cargo. Ele emitiu uma carta confirmando a renúncia entregando o documento ao presidente do Conselho Deliberativo, José Dalai Rocha, que também já tem outro documento de renúncia, de Wagner Pires, em suas mãos. Porém, ainda depende da resolução do presidente em confirmar sua saída do clube.
A saída de Ronaldo Granata estava sendo um dos principais empecilhos para que uma mudança de rota no clube possa acontecer no clube, em crise financeira, esportiva e institucional.
Na última segunda-feira,16 de dezembro, Dalai Rocha se reuniu com Wagner Pires de Sá,Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, vices em sua chapa, para tentar que eles renunciassem de forma coletiva, abrindo caminho para um conselho gestor de empresários que querem ajudar a Raposa.
Ronaldo Granata ficou resistente e disse que não aceitaria renunciar, pois não estaria envolvido nas denúncias de corrupção atreladas à diretoria.
O presidente do conselho, Dalai Rocha, já estava pronto para convocar uma assembleia em janeiro que iria discutir o afastamento da diretoria, mas com a renúncia de Granata, o processo de saída dos atuais gestores do Cruzeiro pode se concretizar antes do previsto.
Falta as renúncias oficiais de Wagner Pires e Hermínio Lemos para que o conselho gestor, que seria formado por Pedro Lourenço, dono dos Supermercados BH, Emílio Brandi, que tem uma rede de atacados e um terceiro nomes, que ainda não foi revelado, possa assumir o Cruzeiro.
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Veja a íntegra da carta de Ronaldo Granata
Prezado senhor,
O CRUZEIRO PRIMEIRO
Meu foco sempre foi e sempre será o Cruzeiro.
Por essa razão, eu me afastei da diretoria tão logo percebi os rumos e as práticas implementadas e passei a alertar para os riscos que o Cruzeiro estava correndo. E tudo se confirmou.
Não fui e nem sou investigado. Jamais tive a polícia na minha porta. E nunca compactuei com malfeitos no clube.
Mas sou hoje vítima de uma campanha difamatória, infame e injusta, por parte de pessoas que se omitiram ou foram coniventes quando ainda era o tempo de evitar o pior.
Não tenho interesses pessoais. Se não posso contribuir, como era meu desejo, para reconstrução do nosso clube, levando-o de volta ao lugar da grandeza que sempre ocupou, não serei obstáculo.
Se a opção for por novos gestores no Cruzeiro, serei o primeiro a desejar sucesso, para o bem do clube.
Continuarei, como torcedor que sempre fui, apoiando meu time, ao lado da torcida que sempre respeitei.
Atenciosamente, Ronaldo Granata, segundo vice-presidente do Cruzeiro
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