O remo, como o mundo sabe, foi a razão do surgimento do Flamengo, em 1895. Sua prática, no clube, vem desde a fundação, sem interrupção. Logo, seria necessário um compêndio para narrar a sua trajetória nesses três séculos de vida. Assim, vale sobretudo destacar os feitos mais extraordinários.
A história vencedora do Rubro-Negro no remo começou em 5 de junho de 1898, quando a baleeira Irerê ganhou o terceiro páreo do Campeonato da União das Regatas Fluminense, com Raul Leitão da Cunha como timoneiro. E prosseguiu com a conquista da Regata do IV Centenário do Descobrimento do Brasil, em 5 de maio de 1900, com Pedro Pinto Lima como patrão.
O primeiro título carioca foi alcançado em 1916, na qual brilhou Arnaldo Voigt, uma das principais referências do esporte no Flamengo, tricampeão da cidade na modalidade individual de 1919 a 1921. De 14 a 20 de janeiro de 1932, Ângelo Gammaro, o Angelu, Antônio Rebello Júnior, o Engole-Garfo, e Alfredo Correia, o Boca Larga, fizeram a travessia Rio-Santos a bordo do barco “Flamengo”, uma façanha extraordinária para a época, tanto que o desfile do trio em carro aberto, no centro do Rio de Janeiro, reuniu uma verdadeira multidão.
A história do remo no Rubro-Negro ganhará contorno definitivo em 1963, com a chegada do treinador Guilherme Augusto do Eirado Silva, o Buck, que dirigiu o clube até 1996 – quando morreu – na conquista de centenas de troféus, incluindo 31 títulos cariocas, deixando ainda a tradição vitoriosa que invadiu o século 21, no qual o Fla ganhou os estaduais de 2010, 2011 e 2012, e os Brasileiros de 2010 e 2011.
Vale lembrar que o Rubro-Negro tem 47 títulos do Rio, contra 46 do Vasco.