Análise: Flamengo não encontra soluções para ausências e perde fôlego no segundo tempo
Rubro-Negro deixou o campo vaiado após empate diante do Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro
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Depois de vencer três partidas consecutivas no Campeonato Brasileiro, o Flamengo empatou em 1 a 1 neste sábado, com o Cruzeiro, no Maracanã. Assim como diante do Corinthians, na última rodada, o Rubro-Negro não teve boa atuação e deixou o campo vaiado. Entre problemas por desfalques e falta de repertório, a equipe de Jorge Sampaoli voltou a decepcionar.
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É verdade que o Flamengo estava sem Everton Ribeiro e Arrascaeta, seus dois principais criadores e, por isso, sofreu para substituí-los. Matheus França e Gerson foram encarregados da missão e nenhum deles foi bem. A entrada de Cebolinha tentou mudar os rumos do jogo, mas foi mais do mesmo: uma sucessão de erros e falta de inspiração.
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PRIMEIRO TEMPO ACIMA DAS ÚLTIMAS PARTIDAS
No primeiro tempo, o Flamengo até criou mais oportunidades. Sofreu o gol muito cedo, em recomposição lenta de Wesley e precisou buscar o empate desde então. Gabigol teve a chance de marcar, mas a cobrança de pênalti parou na trave. O atacante até balançou as redes no rebote, mas teve o gol impugnado pela regra dos dois toques. O gol rubro-negro, no entanto, parecia questão de tempo.
A igualdade no placar veio justamente com contribuição de Wesley, que fez boa jogada pela direita e cruzou para a área. Gabigol deu um toque sutil e, mesmo sem querer, deixou Ayrton Lucas livre para completar. Outras chances vieram, com o próprio camisa 10 e Gerson, mas o primeiro tempo terminou assim. A posse do Flamengo era boa, de 64%, e bom índice de finalizações. Na etapa complementar, no entanto, tudo mudou.
DE VOLTA À ESTACA ZERO
Os 45 minutos finais foram de um Flamengo apático e sem soluções ofensivamente. A equipe perdeu o controle da posse de bola, cedeu três chances claras e acertou apenas uma finalização no gol, de três no total. A ineficiência no ataque fica clara ao observar o jogo de Pedro: o principal artilheiro do Rubro-Negro em 2023 tocou apenas 21 vezes na bola e não finalizou nenhuma vez. A única contribuição foi no pênalti sofrido.
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Thiago Maia foi outro a ficar abaixo da expectativa. O volante foi vaiado ao deixar o jogo e recebeu críticas da torcida. Para os rubro-negros, apenas Matheus Cunha, que salvou o Flamengo em pelo menos três oportunidades no segundo tempo, Pulgar e Ayrton Lucas fizeram bom jogo neste sábado.
A equipe de Jorge Sampaoli segue dependendo muito das características ofensivas de Ayrton Lucas. Apesar do gol ter nascido em jogada pela direita, o Flamengo atacou muito mais pelo lado esquerdo. Falta o criador, com o passe decisivo que quebra a defesa adversária. Neste domingo, o Rubro-Negro não teve e segue muito dependente de Everton Ribeiro e Arrascaeta.
VIRADA DE CHAVE
O buraco para o Flamengo é bem mais embaixo. É físico, como Sampaoli frisou mais uma vez em coletiva, mas também tático e técnico, acompanhando a opinião de Filipe Luís. No fundo, a equipe rubro-negra não consegue recuperar a confiança e vive momento complicado antes da principal decisão do ano.
Fazer com que o Rubro-Negro se desvencilhe desse estilo pouco objetivo será um desafio para Jorge Sampaoli nos próximos quatro dias de treinamentos que terá à disposição. Neste domingo, o Flamengo folga e tenta recarregar as energias pensando no Fla-Flu, que será disputado na quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Maracanã.
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