Ainda sem passar confiança, Flamengo traz alento ao cumprir duas metas a curto prazo
Rubro-Negro de Rogério Ceni passou longe de ter uma atuação coletiva efetiva, diante do Botafogo, mas a vitória veio em um pacote que agradou o técnico para a sequência
"Era mais do que necessária". Rogério Ceni não escondeu o alívio que uma vitória na fase atual, após duas eliminações traumáticas em um intervalo de 13 dias, traz. A vítima foi o Botafogo, no último sábado e no Nilton Santos, que foi palco para uma equipe rubro-negra ainda sem transmitir confiança, mas que, ao menos, cumpriu duas metas a curto prazo com êxito.
As metas foram as seguintes: não levar gols, o que ocorreu com o Flamengo comandado por Ceni pela primeira vez, e ter um um gol produzido em função da pressão alta, forçando o erro do adversário com uma marcação intensa na saída de bola. E assim saiu o gol da vitória no clássico, marcado por Everton Ribeiro (veja o gol acima).
- A equipe teve chances no primeiro tempo e ficou muito próxima do gol. O Gerson jogou mais adiantado que o Arrascaeta e Everton Ribeiro. Precisávamos colocar o posicionamento destes jogadores entre as linhas para sair as tabelas A marcação no campo de ataque, roubamos a bola do Botafogo. Acho que foram as coisas que mais surtiram efeito que treinamos nos últimos dias: pressão e defesa zerada, porque o número de gols sofridos tem sido muito alto nos últimos jogos - destacou Ceni.
De fato, somando todas as competições, o Flamengo não saía de uma partida sem ter a zaga vazada desde o dia 28 de outubro, quando o time então comandado por Domènec Torrent derrotou o Athletico-PR por 1 a 0, pela ida das oitavas da Copa do Brasil. Desde então, eram nove jogos consecutivos sofrendo, ao menos, um gol - Rogério Ceni tem sete jogos pelo Fla, diga-se.
Agora, Ceni terá uma semana cheia para treinamentos pela primeira vez desde que chegou ao Fla, que tem demonstrado lampejos do time impetuoso de outrora, mas que ainda peca na tomada de decisão no último terço de campo - seja para concluir a gol ou levar a bola à área de forma mais criativa e orgânica (contra o Botafogo, por exemplo, abusou de cruzamentos distantes: foram 22, ao todo, com um pífio aproveitamento de 32%).
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Contudo, pelo pacote, há um alento. Everton Ribeiro, por exemplo, salientou que "esse trabalho que vem dando confiança para seguir em frente". E o próximo jogo será um laboratório significativo, já que o rival será o Santos, no retrovisor do Rubro-Negro e que exigirá mais da equipe em todos os aspectos. A bola rolará a partir das 16h do próximo domingo (13), no Maracanã.