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Análise: Flamengo ‘aprende’ a sofrer, e time ganha casca crucial para a temporada

Rubro-Negro foi 'bombardeado' pelo Athletico ao longo de todo o jogo, mas não foi vazado pela excelente atuação do sistema defensivo

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imagem cameraMatheus Cunha e Gabigol, destaques da partida, celebram a vitória em Curitiba (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
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Lance!
Curitiba (PR)
Dia 13/07/2023
06:10
Atualizado em 13/07/2023
09:53

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A vitória do Flamengo sobre o Athletico Paranaense, em Curitiba, que garantiu a classificação à semifinal da Copa do Brasil, teve contornos épicos. O Rubro-Negro sofreu “bombardeio” dos mandantes ao longo de 70 dos 90 minutos, mas soube sofrer, contando com grande partida da dupla de zaga e de Matheus Cunha.

Nos primeiros 20 minutos de partida, parecia que o Flamengo teria vida fácil na Ligga Arena. A equipe de Jorge Sampaoli trocava passes com tranquilidade e chegou com perigo ao gol de Bento. Ayrton Lucas, inclusive, mandou uma bola na trave. No entanto, após o encaixe da marcação do Athletico, o jogou mudou.

A partir daí, era o Furacão que buscava o gol e espremia o Flamengo no seu campo de defesa. Wesley sofreu com as investidas de Canobbio pela direita, enquanto Thiago Maia, sozinho na contenção, não conseguia diminuir o ímpeto do meio-campo dos paranaenses. Nesse tempo, Matheus Cunha e David Luiz salvaram chances claríssimas de Vitor Roque.

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Para vencer o Athletico na Arena, também é preciso contar com um pouco de sorte. Justamente no momento em que era amassado, o Flamengo conseguiu o gol em jogada que envolveu Thiago Maia, Arrascaeta e Erick, do Furacão, autor do tento contra o próprio patrimônio. A vantagem dava mais segurança à equipe de Sampaoli, mas não garantia nada.

No segundo tempo, só deu Athletico. O jogo ficou mais truncado, diversos cartões amarelos foram distribuídos, a maioria para o Flamengo. Thiago Maia continuou sobrecarregado e acabou sacado para a entrada de Allan, estreante da noite. A chegada do volante mudou o jogo, e o Rubro-Negro carioca passou a ter mais controle na saída de bola e criar boas chances.

Allan - Flamengo
Allan estreou pelo Flamengo nesta quarta-feira, contra o Athletico (Foto: Du Caneppele/Pera Photo Press)

Gabigol, por exemplo, teve um gol anulado de maneira muito discutível, com as linhas traçadas em câmera cujo ângulo atrapalhou mais do que ajudou. O camisa 10, no entanto, teria sua vingança: depois de tantas provocações, eles balançou as redes para dar números finais à partida.

O Flamengo sofreu mais do que o necessário, é verdade. Foram 28 finalizações do Athletico contra apenas oito da equipe de Jorge Sampaoli. Os mandantes ainda tiveram mais posse de bola e obrigaram Matheus Cunha, um dos nomes da partida, a trabalhar de maneira incessante. Apesar disso, o jogo é de afirmação para uma defesa que já foi muito criticada na temporada.

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David Luiz e Fabrício Bruno fizeram partida praticamente perfeita. A dupla parou um ataque que buscou o gol o tempo todo, encabeçado por Vitor Roque, reforço do Barcelona e uma das principais joias da história do Athletico. Ganhar em Curitiba não é fácil, e o Flamengo repetiu a dose do ano passado.

Copa Brasil Athletico x Flamengo
David Luiz foi um dos destaques do Flamengo na classificação à semifinal da Copa do Brasil (Foto: GERALDO BUBNIAK/Gazeta Press)

É um triunfo que dá ainda mais casca a um time que vive o seu auge na temporada até aqui em termos de resultado. São 13 vitórias nos últimos 17 jogos, sendo apenas uma derrota, para o Bragantino, em Bragança Paulista. O time de Sampaoli mostra, cada vez mais, que está destinado a grandes feitos nesta temporada. Mesmo que tenha sofrido, o time aprendeu a conviver com a pressão, algo que não se via com Vitor Pereira.

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