Ano de eleição: pré-candidatos à presidência do Flamengo emitem carta por voto a distância
Amparados a Lei Pelé, Walter Monteiro e Marco Aurélio Assef entregaram documento a presidentes de Conselhos do clube solicitando uma formação de comissão independente<br>
Endereçada aos presidentes de Conselhos do Flamengo, uma carta foi protocolada, na última segunda-feira, por dois pré-candidatos à presidência do clube: Walter Monteiro e Marco Aurélio Assef. O motivo é uma solicitação para que se forme uma comissão independente e propor a adequação do estatuto do clube para o voto a distância nas eleições de dezembro, na Gávea.
Os pré-candidatos apoiam que a comissão tenha três juristas independentes para encontrar solução de consenso para o clube realizar a primeira eleição a distância. Há amparo na Lei Pelé, modificada em outubro de 2020, por conta da pandemia, que passa a caucionar a votação online.
Cabe destacar também que uma reunião da Comissão Permanente de Estatuto do Flamengo, na última semana, indicou a permanência das atuais regras eleitorais, ou seja, apenas com voto físico na sede. Além disso, a comissão não vê com bons olhos pois entende tratar de de mudança de regra em ano eleitoral, baseada no estatuto.
Nas redes sociais, Walter Monteiro, que é pré-candidato assim como Marco Aurélio Assef e Rodolfo Landim (o atual presidente), frisa a sua reivindicação.
- A eleição do Flamengo terá voto a distância? A Lei Pelé, como sabemos, obriga. O estatuto do Flamengo, no entanto, não prevê essa modalidade. O que deve prevalecer, a lei ou o estatuto? Para tentar resolver esse impasse, eu e
Marco Aurélio Assef demos ontem um passo importante. Para mim não há dúvidas de que o estatuto se submete à lei e que essa tem eficácia imediata (está em vigor, não custa lembrar, desde out/2020, 14 meses antes da eleição). Mas tem quem pense diferente, que o estatuto seria soberano. É preciso respeitar discordâncias - postou Monteiro, no Twitter, continuando:
- Diante de um impasse, há duas formas de resolver: ou um lado tenta impor ao outro sua convicção na base da força, ou ambos buscam uma solução de consenso. O clube, que convoca e dirige a eleição, poderia, se valendo dessa condição, decretar que a votação seria presencial e ponto final - uso da força; quem discordasse poderia obter uma ordem judicial e impor a votação a distância - um contragolpe na base da força também. Essa situação não convém a ninguém. Por isso decidimos encaminharmos juntos uma carta a todos os presidentes de poder do Flamengo (são 6!), sugerindo um caminho convergente. O clube pediria a opinião de 3 juristas independentes, alheios às paixões políticas. A opinião vencedora nesse painel de especialistas seria acatada POR TODOS. Se dissessem que a lei prevalece, eleição não presencial. Se reconhecessem a primazia do estatuto, voto na urna.
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- Nada de "tapetão". Nada de judicialização. O Flamengo resolve suas divergências intramuros, sem sobressaltos. Essa é a contribuição dos pré-candidatos da oposição. Declaro minha confiança nos poderes do clube em acatarem a sugestão. O Flamengo, unido, é muito forte - finalizou.