Flamengo: Dorival cita ‘desleixo’ de Pedro e revela trabalho de evolução do atacante
Técnico contou detalhes de conversa franca que teve com jogador, que terminou 2022 como o artilheiro do time na temporada
Técnico campeão da Copa do Brasil e da Libertadores da América pelo Flamengo em 2022, Dorival Júnior relembrou sua passagem pelo Rubro-Negro e contou alguns bastidores da mudança de postura da equipe até os troféus. O treinador revelou uma franca conversa que teve com Pedro, que foi determinante para a melhoria do jogador na última temporada.
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- Eu chamei o Pedro e conversei com ele, falando que um jogador do nível dele não poderia estar no momento em que ele estava, vivendo o que ele estava vivendo, e muito em razão, também, do desleixo que ele estava tendo. Ele se entregou de tal maneira, que ele não participava. E eu falei para ele que ele se preocupasse e se preparasse mais se ele quisesse jogar, porque eu confiava nele. E acabou mudando a percepção - contou Dorival em entrevista à ESPN.
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Dorival contou, também, a reunião geral que teve com os jogadores logo após a sua chegada. O técnico não apenas falou com Pedro, mas reuniu todo o grupo, explicou seu ponto de vista, suas percepções, e conseguiu motivar a todos na busca por mudanças.
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- No meu primeiro dia, eu falei que eles passassem a se preocupar mais consigo próprios, buscassem melhorá-los. Cada treinador tem um nível de trabalho e uma condição. Eu sempre vou respeitar, nunca vou chegar ao clube e falar: "Você está mal porque tal treinador ou preparador te deixou mal". Não é isso. O que eu quero é que cada um melhore dentro de sua capacidade e condição. O que estamos apresentando não é bom. Você tem que melhorar, eu tenho que melhorar, nós temos que melhorar. Foi o que eu propus, e os jogadores entenderam. Nós iríamos mudar o momento e o padrão que estávamos vivendo, eles começaram a entender que todos seriam importantes, que todos iriam participar - disse.
Dorival comentou, ainda, sobre o "rótulo" de paizão que recebe, e explicou que não é apenas exercer uma postura de apoio aos jogadores, que o trâmite para ter êxito e recuperar um atleta vai muito além do que "se pode ver".
- São pequenos detalhes que você não pode perdê-los dentro de um processo. Você precisa de algumas atitudes dentro do processo, o treinador precisa estar preparado para viver tudo isso. Acontece do dia para a noite? Não. Você amadurece com o tempo? Talvez. As pessoas falam: "Dorival é um paizão, é um amigo". Lógico, você tem que ter isso. Mas, não é só isso. O que é interessante é que as pessoas não conseguem identificar que dentro do Flamengo eu tinha duas equipes jogando de maneiras distintas, e as duas alcançando resultados. E o São Paulo da mesma forma - afirmou.