O Flamengo iniciou a caminhada na Libertadores com revés, em jogo contra o Aucas, em Quito. Além da derrota em si, o duelo marcou o oitavo jogo consecutivo de Gabigol sem balançar as redes, o segundo maior jejum do centroavante desde que chegou ao Rubro-Negro. E existem diversos fatores que podem explicar o desencontro com as redes.
Com a chegada de Vítor Pereira, Gabi começou a atuar mais afastado do gol e, por isso, a competição com Pedro começou a ficar mais complicada. As ausências de companheiros conhecidos, como Arrascaeta e Everton Ribeiro, também não ajudam. O LANCE! traz cada detalhe sobre o período sem gols do artilheiro do Flamengo.
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POSICIONAMENTO, PONTARIA E COMPETIÇÃO
Como mencionado, a principal razão que pode explicar tal jejum é o posicionamento de Gabi. No esquema de Vítor Pereira, o atacante atuou como meia criador e mais perto das pontas, longe do gol, onde fica mais à vontade. No 3-5-2 do português, os atacantes pelos lados, como Everton Cebolinha, assimilam melhor o esquema e, por isso, o período de adaptação foi mais difícil para Gabriel.
Tanto que, quando manteve o esquema anterior, utilizado por Dorival, Gabigol voou. Nos primeiros oito jogos da temporada, o atacante balançou as redes nove vezes e distribuiu duas assistências, incluindo na Supercopa do Brasil e no Mundial. No entanto, conforme Vítor Pereira foi modificando e deixando o time com a "sua cara", Gabi acabou perdendo espaço e, consequentemente, a intimidade com a rede.
Atualmente, o centroavante já deixou claro que quer voltar a jogar em sua posição de origem, mas a falta de pontaria e o altíssimo nível de Pedro deixam a situação mais complicada. Contra o Aucas, por exemplo, Gabi teve duas boas chances, mas não conseguiu finalizar de maneira eficiente. Enquanto isso, o camisa 9, considerado titular por VP, marcou 14 gols em 14 jogos pelo Rubro-Negro.
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AUSÊNCIAS E MENOR PRODUÇÃO OFENSIVA
O jejum de Gabi também passa muito pelas ausências de Arrascaeta e Everton Ribeiro, especialmente o segundo, sacado por Vítor Pereira nos últimos jogos. Com entrosamento em dia, o trio pode fazer a diferença, e os meias têm a capacidade de encontrar Gabigol em condições de finalizar a qualquer momento.
As ausências também podem explicar a diminuição da produção ofensiva do Flamengo como um todo. Logo, o ataque mais poderoso dos últimos anos chegou a ficar quatro jogos marcando um ou nenhum gol, algo que dificilmente acontece no Rubro-Negro. A alta minutagem de Gabi, que originou os trabalhos de reequilíbrio muscular realizados nas últimas semanas, também são importantes para a queda de produção.
No momento, o jejum de Gabriel dura oito jogos e, se não balançar a rede na decisão do Carioca diante do Fluminense, o atacante igualará seu maior período sem marcar. Em 2021, o camisa 10 ficou nove partidas sem balançar as redes, mas, pelo menos, tinha duas assistências. No atual, o centroavante não conseguiu nem sequer participar de tentos.
O maior jejum:
- 9 jogos, entre 15/9/21 e 30/10/21
- No período, deu duas assistências
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Jejum atual:
- 8 jogos sem gols ou assistências
Antes disso:
- 4 jogos em maio de 2019
- 4 jogos em outubro de 2021
- 4 jogos em maio de 2022
- 4 jogos em agosto de 2022
- 4 jogos em outubro de 2022