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Guerrero volta ao Brasil: ‘Mostro as provas que quiserem, sou inocente’

Atacante rubro-negro desembarcou na manhã deste sábado no Galeão, no Rio de Janeiro

HOME - Brasil x Peru - Eliminatórias para Copa-2018 - Gil e Guerrero (Foto: André Mourão/MoWA Press)
imagem cameraBrasil x Peru (Foto: André Mourão/MoWA Press)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 11/11/2017
10:30
Atualizado em 11/11/2017
10:46

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O atacante Paolo Guerrero retornou ao Rio na manhã deste sábado. Ele desembarcou no Galeão visivelmente abatido e garantiu ser inocente na acusação de doping por um estimulante. Em entrevista ao portal GloboEsporte. com, o peruano disse que a sua imagem já está sendo muito prejudicada e afirmou que vai provar isenção de culpa.

- Não estou entendendo muito bem. Estou muito chateado, muito triste, porque deixo de jogar pelo Flamengo jogos importantes. Eu vou apelar. Estou mostrando minha inocência, mas já está prejudicando muito a minha imagem, o meu trabalho. Estou muito triste. Agora, tenho de continuar. Não posso parar, porque sou inocente. Estou nisso. Eu mostro as provas que eles quiserem - disse o peruano ao portal.

Na última sexta-feira, a contraprova do exame antidoping ao qual o jogador foi submetido confirmou a presença de um estimulante da categoria S6. A informação foi confirmada pelo advogado Bichara Neto, que representa o atleta. A substância encontrada, mais uma vez, é a benzoilecgonina, que é um metabólico da cocaína, mas que também pode ser encontrada no chá da folha de coca.

Guerrero diz que pode ter ingerido água ou comida contaminadas com a substância proibida. A defesa do jogador, porém, trabalha com uma hipótese de contaminação num chá ingerido pelo atleta.

- Se suspeita muito (chá contaminado), mas as informações que eu tenho são de que isso pode acontecer na comida, nas coisas que se toma. A substância pode durar no corpo no máximo cinco dias. Eu já peguei todas as informações. Eu desci no Peru e fui direto para a concentração. Então, eu tenho 16 anos jogando futebol profissional e nunca aconteceu nada. São coisas que a Fifa pode provar, nunca tive problema nenhum com isso. Vou continuar provando minha inocência. Estou trabalhando para isso - comentou o peruano ao site da Globo.

Por fim, Guerrero disse que a Fifa o suspendeu muito rápido e que ainda não assimilou toda esta situação.

- Não deu para assimilar, porque eu não fiz nada. Sou inocente. Na contraprova B deu para ver um pouquinho que isso pode ser contaminação. Isso pode acontecer na água, na comida. Tenho informações muito claras das pessoas do laboratório. Acho que a Fifa me suspendeu muito rápido quando não tinha aberto ainda a contraprova - analisou.

Como já era esperado, a Fifa negou suspender a punição provisória do atleta - suspenso por 30 dias - e marcou o julgamento do caso para o próximo dia 30. Até lá, a defesa do jogador terá de provar a tese de que houve uma contaminação desta substância estimulante em algum momento. 

O primeiro frasco do exame antidoping já tinha acusado o indício de uso de uma substância estimulante (S6) na partida entre Peru x Argentina, no dia 5 de outubro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O peruano segue em seu país resolvendo pendências e aguardando alguns desdobramentos do processo.

Caso a Fifa rejeite a tese da defesa de Guerrero, o atacante pode pegar um gancho pesado, de até quatro anos. Ele tem vínculo com o Flamengo até agosto de 2018 e negociava a renovação de contrato. Agora, porém, o cenário mudou.

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