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Muralha abre o jogo após críticas: ‘Estou sendo massacrado o ano todo’

Em entrevista à TV Globo, goleiro assume responsabilidade na decisão de pular para o mesmo lado nas decisões por pênaltis, origem humilde e até parte psicológica

Alex Muralha
(Foto: Thomás Santos/AGIF)

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A vida do goleiro Alex Muralha não tem sido fácil nos últimos meses. Nesta semana, a derrota nos pênaltis na decisão da Copa do Brasil colocou o goleiro novamente como vilão, já que ele não pegou nenhum diante do Cruzeiro. Em entrevista ao repórter Eric Faria, da TV Globo, o goleiro disse que está sendo "massacrado o ano todo" e reagiu às críticas sofridas.

Questionado sobre uma entrevista da mãe ao canal por assinatura SporTV, Muralha se mostrou surpreso ao descobrir que ela vinha se medicando para conseguir dormir e explicou a origem humilde:

- Eu não sabia que ela tinha ido ao médico e começou a tomar remédios pra dormir. Minha família é muito simples, fomos criados na roça e chegar onde eu cheguei é muito grande. Estar nesse patamar é muito grande e ver a cena me tocou muito. É complicado ver uma pessoa que desde pequeno te deu tudo, sofrer porque o filho está sofrendo. Deus é justo e coisas boas virão.

Muralha também falou sobre a estratégia de pular para o mesmo lado na decisão por pênaltis, se responsabilizando pela decisão e admitiu que precisar evoluir neste quesito.

OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA DO GOLEIRO:

PÊNALTIS CONTRA O CRUZEIRO
Saiu matéria botando culpa no pessoal do desempenho do Flamengo. A culpa é do atleta. Infelizmente não defendi pênalti, mas aqui todos ganham e perdem juntos. Tô sendo massacrado o ano todo, sempre em cima de mim a culpa. Acostumei com isso, fiquei mais cascudo. Preparo o psicológico. Vai passar. Muralha não se define em pênaltis e jogos. Em algum momento vai mudar e coisas melhores virão.

PAPO COM VICTOR HUGO
Conversei no dia anterior com ele, e vendo todos os lances, eu falei 'Quero fazer isso'. Ele perguntou se eu estava confinate. 'Eu tô', respondi. Então ele disse: 'Faz o que teu coração mandar. Se na hora achar que não tem que fazer, não faz. Mas se achar que tem de fazer, vai lá e faz'.

RESPONSABILIDADE
A decisão foi minha, simplesmente minha. Se eu fosse para todos os lados, ficasse parado, não pegasse nada, teria a mesma cobrança, tínhamos que ser campeão para tudo mudar. Não fomos. Estamos aprendendo muito esse ano, é um grupo mais forte, se unindo mais, sabemos onde vamos chegar - disse o goleiro.

ESTRATÉGIA MONTADA
Para todos os jogos têm estudos de pênalti, falta, para tudo temos estratégia. Para aquele jogo, vimos que a probabilidade de baterem do lado direito era grande. Mas a decisão do momento eu decidi. Eles me estudaram também no caso. Saiu matéria que eles perceberam que eu pulava para aquele lado e inverteram, mas ainda assim uma cobrança foi no meu lado, no alto, e fez o gol (cobrança de Diogo Barbosa).

MENTAL EM CAMPO
Na verdade, disputa de pênalti é uma briga mental. Eu fazendo aquilo (pular no mesmo canto), poderia induzir eles a baterem onde eu queria. Não deu certo. Recebi todos os estudos, a possibilidade era grande de baterem ali.

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