Se quiser realmente contar com Breno, o Flamengo deve ter muita dificuldade para tirá-lo do São Paulo. A relação do zagueiro com o clube paulista vai além do contrato vigente até dezembro de 2017, o que por si só já é um grande obstáculo.
O São Paulo estendeu a mão para Breno quando ele mais precisou, quando tudo indicava que não voltaria mais a jogar futebol profissional, em virtude dos três anos que passou na cadeia. Ele ficou preso de 2011 a 2014, na Alemanha, onde foi condenado por incendiar a própria casa.
Já em 2012, em gesto muito nobre, o São Paulo firmou um contrato com uma ajuda de custo de R$ 15 mil mensais até ele sair da cadeia. Quando isso acontecesse, as partes fariam um novo acordo e Breno seria integrado ao elenco profissional do clube que o revelou em 2007. Aconteceu.
Breno começou a treinar no início de 2015 e dava indícios de que levaria anos para voltar a atuar em alto nível. Teve várias lesões musculares, fruto do tempo inativo. Sofreu, chorou, mas não desanimou. Foi apoiado por Muricy Ramalho, que recebeu o jogador que ele mesmo lançou em 2007.
Mas a reviravolta veio mesmo com a chegada de Juan Carlos Osorio, em junho. O colombiano apostou no “Monstro” desde o início e o lançou como volante no segundo tempo de um clássico contra o Corinthians, no Morumbi, dia 9 de agosto. O desempenho na posição impressionou nos cinco jogos que fez, até com gol. Breno havia renascido. Resultado: renovou contrato e é considerado parte da espinha dorsal do time de 2016.