A Polícia Militar do Rio de Janeiro resolveu abrir uma sindicância para investigar se houve excesso de uso de força e violência por policiais, durante os tumultos ocorridos no desfile da equipe pelas ruas do Centro da cidade, na festa de comemoração pelo título da Libertadores.
O elenco rubro-negro desfilava em carro aberto pela Avenida Presidente Vargas, por voltas das 16h de domingo, quando se instalou uma confusão generalizada. A PM precisou usar bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar a multidão.
Segundo relatos de testemunhas, algumas pessoas atiraram pedras nos policiais, que revidaram com o uso dos cassetetes, apontando pistolas e fuzis para o público, composto por crianças e famílias. Alguns torcedores passaram mal com durante os episódios.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento que um carro da prefeitura atropelou um guarda-municipal de ré. O agente não sofreu ferimentos graves. Dois pontos de ônibus foram destruídos e 23 pessoas foram levadas para os hospitais.
O porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, garantiu que eventuais excessos vão ser devidamente punidos.
– As armas empregadas foram a de menor potencial ofensivo, gás lacrimogênio e spray de pimenta. No entanto, o policial militar dispõe do seu armamento e pode usá-lo em uma abordagem, caso ele se sinta ameaçado, caso tenha ocorrido algum excesso, ele irá responder por isso – disse o coronel.
Fliess também negou que a corporação tenha mudado o trajeto do trio elétrico dos atletas, de última hora. Segundo ele, a PM já planeja um esquema de segurança semelhante, em caso de vitória do Flamengo no Mundial de Clubes, em dezembro.
– Estaremos sempre revendo nossos posicionamentos para que a festa seja de fato uma festa. Se o Flamengo for campeão mundial, teremos que proporcionar a segurança de uma grande festa. Espero que da próxima vez não haja efeitos tão danosos como os de domingo – completou o porta-voz.