A adaptação de Rodrigo Caio ao Flamengo foi rápida e, em 2019, seu primeiro ano no clube, o zagueiro esteve entre os atletas que mais atuou - fez 60 jogos -, sendo um dos destaques dos títulos do Carioca, Brasileirão e Libertadores. A atual temporada, contudo, já está marcada pelas lesões, problemas físicos e a Covid-19. Nesta segunda, contra o Sport, o camisa 3 será baixa pela 29ª vez.
Na temporada 2020/21, marcada pela paralisação por conta da pandemia do coronavírus, o Flamengo disputará a 60ª partida com o time principal nesta noite, na Arena do Grêmio. Rodrigo Caio foi titular 29 vezes e ficou entre os reservas em outros três jogos. As 28 ausências se deram por conta de seis lesões, problemas físicos, Covid-19 e convocações para a Seleção Brasileira.
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ZAGUEIRO SÓ FEZ TRÊS JOGOS ANTES DA PARALISAÇÃO DO FUTEBOL
O Flamengo iniciou o Estadual com uma equipe alternativa. Após as quatro primeiras rodadas, Jorge Jesus passou a utilizar o time principal, não teve Rodrigo Caio à disposição nos três primeiros jogos por conta de um corte profundo no joelho direito, sofrido durante um treino em 30 de janeiro.
As primeiras partidas do zagueiro foram contra o Athletico, na Supercopa do Brasil, e Independiente Del Valle (EQU), na ida da Recopa Sul-Americana, nos dias 16 e 19 de fevereiro de 2020, respectivamente. Porém, Rodrigo Caio saiu do jogo em Quito com dores e teve uma lesão no adutor esquerdo constatada.
Por conta disso, perdeu cinco jogos entre 22 de fevereiro e 10 de março - três do Estadual, uma da Recopa Sul-Americana e um da Libertadores -, voltando a atuar contra a Portuguesa, no dia 14 de março. Aquela foi a última atuação da equipe antes da paralisação do futebol do país por conta do novo coronavírus.
COVID-19 E RETORNO DA SELEÇÃO LESIONADO
No retorno das atividades e dos jogos no futebol brasileiro, Rodrigo Caio reencontrou a performance que o fez tornar-se um dos pilares do sistema defensivo do time em 2019. Foram quinze jogos consecutivos como titular entre 18 de junho e 9 de setembro. Neste intervalo, até sofreu uma lesão no adutor da coxa esquerda, mas recuperou-se rápido e não perdeu partidas.
Preservado por Dome Torrent contra o Ceará, em 13 de setembro, voltou ao time titular contra o Del Valle e Barcelona de Guayaquil, pela fase de grupos da Libertadores, ambos no Equador. Na volta ao Rio de Janeiro, o camisa 3 foi um dos infectados no surto de Covid-19 que atingiu o elenco do Flamengo, sendo baixa contra o Palmeiras e Del Valle, em 27 e 30 de setembro, respectivamente.
Contra o Athletico, no dia 4 de outubro, ficou entre os reservas e logo após se apresentou à Seleção Brasileira para a disputa das Eliminatórias Sul-Americanas. À disposição de Tite, Rodrigo Caio ficou de fora dos jogos do Flamengo contra Sport, Vasco e Goiás, entre 7 e 10 de outubro, no Brasileirão.
A reapresentação no Ninho do Urubu foi problemática. Entre o dia 16 e 30 de outubro, o clube informou os seguintes problemas de Rodrigo Caio: desgaste muscular, edema ósseo no joelho direito e lesão na panturrilha direita. A recuperação foi longa, com o zagueiro desfalcando o time por mais 13 partidas.
Enfim recuperado, Rodrigo Caio foi escalado nove vezes por Rogério Ceni, de forma consecutiva, entre 1º de dezembro e 21 de janeiro. Contra o Palmeiras, há uma semana, o zagueiro acabou deixando o jogo no primeiro tempo, com dores, e nova lesão no adutor da coxa esquerda foi constatada. Sem previsão de retorno dada pelo clube, o zagueiro está trabalhando no Ninho, foi baixa contra o Athletico, domingo, assim como será nesta quinta, contra o Grêmio.
SISTEMA DEFENSIVO SOFRE SEM O XERIFE
A fragilidade da defesa do Flamengo em 2020/21 - setor tão questionado nas passagens de Dome Torrent e Rogério Ceni, e até mesmo com Jorge Jesus no ano passado - tem ligação com a ausência de Rodrigo Caio, que não atuou em metade das partidas da equipe principal na temporada, como mostrado acima.
O clube já havia perdido Pablo Marí no início de 2020, e Rafinha também foi para o Besiktas ao longo do ano. Sem Rodrigo Caio, o Flamengo precisou montar uma nova zaga, sendo Filipe Luís o único remanescente de um 2019 vitorioso. Os reforços para o setor, contudo, não corresponderam à altura.
Gustavo Henrique e Léo Pereira não fazem uma boa primeira temporada pelo Flamengo. O segundo já pode até deixar o clube, pois interessa ao Besiktas. Os jovens Natan e Thuler perderam espaço com Rogério Ceni, que encontrou na improvisação do volante Willian Arão a solução momentânea para o problema.