O Flamengo vive uma fase iluminada. Há 38 anos, não vencia uma Libertadores. Venceu. Há 38 anos, não vence o Mundial de Clubes. E a oportunidade de voltar a fazer história a nível global terá o seu pontapé de partida nesta terça-feira, quando o time de Jorge Jesus enfrenta o Al Hilal, pelas semifinais, em Doha. Até lá, a capital do Qatar deve contar com cada vez mais euforia na cidade.
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Da Fan Zone aos palcos onde o Flamengo tem transitado, é possível observar "Em Dezembro de 81" e muita empolgação pelo bicampeonato mundial. Neste momento, há, aproximadamente, 8.800 flamenguistas espalhados em Doha - de acordo com registros do governo local. A invasão já passa a ser concreta.
E um grupo da Austrália, batizado de Fla-Austrália e que tem andado com bandeira personalizada e um canguru inflável, compareceu à porta do Estádio Abdullah bin Khalifa para tietar e mandar boas vibrações ao elenco, antes e depois do primeiro treino do time no país do Oriente Médio.
- Cada um veio de uma cidade diferente da Austrália, deu 14 horas de voo direto, para mim. Hoje, temos cinco pessoas e, a partir de segunda, chega mais gente... Devemos ter um grupo de 50 pessoas. Teve gente que fez escala em dois países, ficando até 35 horas para chegar aqui. Cheguei na quarta, já fomos na Fan Zone, que tem uma estrutura boa, cerveja, o que é raro aqui, e barata (risos) - falou Sidney, de 38 anos, que arrisca um novo 3 a 0 diante do Liverpool:
- A gente tem os pés no chão. Vivemos um cenário de favoritismo nos últimos tempos e não nos demos bem, em diversas competições, quando achamos que nos classificaríamos. Mas estamos muito confiantes na ida à final e em um novo 3 a 0 contra o Liverpool. Gols de Gabigol e Arrascaeta - concluiu, ao LANCE!, antes de emendar um "Vamos, Flamengo".
A expectativa é que cerca de 15 mil rubro-negros estejam em Doha até o próximo fim de semana, mais precisamente até o dia 21, quando o Flamengo disputará a final ou a disputa de terceiro lugar do Mundial.
E, por falar em gols de Gabigol, a comemoração do camisa 9 já tem inspirado, inclusive, o povo local - graças à brincadeira sadia dos rubro-negros Flavia Lins e João Paulo Lins, em passeio no deserto, nas redondezas (veja abaixo) da capital. Até camelo, real e "a caráter", já foi registrado (veja abaixo).
Outro lugar que pôde presenciar festa de flamenguistas na tarde deste domingo foi o Souq Waqif, um dos maiores pontos turísticos de Doha e que é conhecido por vender roupas tradicionais, especiarias, artesanato e abrigar diversos restaurantes. Sucesso no último sábado, o saxofonista Moisés embalou novamente um grupo rubro-negro, que só foi interrompido quando um muçulmano pediu para que respeitassem o momento e fizessem silêncio durante a reza em uma mesquita próxima.
Em seguida, após o pedido acatado, mais farra.