Angioni assume futebol do Flu tendo paralelos com passagem anterior
Novo diretor do Tricolor chega ao clube com alguns desafios - o primeiro, é o acerto com um novo treinador -, mas cenário parecido com o que já viveu nas Laranjeiras
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Paulo Angioni está de volta ao Fluminense após quase quatro anos e com alguns desafios pela frente, como a contratação de um novo técnico e blindar o elenco do momento político conturbado pelo qual o clube passa. Porém, a situação não chega a ser uma total novidade para o dirigente. Na experiência anterior, o resultado foi positivo.
Antes de assumir o cargo - anunciado na noite da última terça -, o dirigente foi sabatinado pela cúpula do Tricolor. Na reunião, foi passada toda a atual situação do Fluminense, de forma transparente, e quais eram as intenções com o acerto. Um dos pontos que motivou Angioni foi também o fato de poder ajudar no trabalho de integração entre o elenco profissional e a base (hoje, o grupo principal tem cerca de 45% de jogadores formados em Xerém).
O encontro, inclusive, aconteceu antes da saída de Abel Braga. Havia até a ideia de um trabalho conjunto, mas o treinador acabou entregando o cargo e Angioni teve esse contratempo antes mesmo de assumir oficialmente.
O momento agitado do Flu não é novidade para Angioni. Em 2014, última passagem dele pelas Laranjeiras, ele chegou a convite do então presidente Peter Siemsen (que estava no segundo mandato) e foi um nome de consenso entre o mandatário, Celso Barros, presidente da Unimed - principal patrocinadora do clube naquele momento - e Mário Bittencourt, que estava para assumir a vice-presidência de futebol e também foi consultado.
À época, o departamento de futebol passava por uma readequação financeira por conta de uma crise da Unimed e, politicamente, a relação entre Peter e Celso vinha tendo ruídos, o que conseguiu se estabilizar ao longo da temporada. Porém, no fim deste mesmo ano, a tendência de ruptura se concretizou e as partes encerraram a parceria depois de 15 temporadas.
Atualmente, em relação a valores, a realidade não é das mais positivas, o que impediu que a diretoria fosse com mais afinco ao mercado na busca por reforços e fez com que o elenco convivesse com atrasos nos salários. Além disso, algo que teve reflexos recentes no futebol foi a crise política - o presidente Pedro Abad, desde o início do ano, vem perdendo apoio e já foi alvo de alguns protestos de torcedores nas partidas.
Em 2014, time e diretoria também passavam pela desconfiança da torcida após o quase rebaixamento no Campeonato Brasileiro do ano anterior. Porém, a equipe terminou na sexta colocação. Agora, depois de um bom começo na competição nacional, houve uma queda no rendimento, que culminou em quatro derrotas consecutivas e consequente queda na tabela (está na 12ª colocação, a dois pontos da zona de rebaixamento).
Último trabalho de Angioni foi em 2015, no Vasco, quando voltou ao clube juntamente com o presidente Eurico Miranda, que havia vencido a eleição presidencial do ano anterior.
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