Apesar da derrota, Diniz vê boa atuação do Flu e aprova três volantes
Treinador lembra do pênalti perdido, critica intervenção do VAR em justificativa do revés do Tricolor e deixa em aberto possibilidade de mudanças contra o Santos
O Fluminense começou com o pé esquerdo o Campeonato Brasileiro de 2019. A derrota para o Goiás por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã, não foi ruim somente pelo placar, mas também pelo desempenho abaixo da média que teve o Tricolor durante os 90 minutos. Além disso, o time treinado por Fernando Diniz ainda teve um gol anulado pelo VAR e desperdiçou um pênalti, em erro de Luciano. Após a partida, o comandante analisou a atuação do Flu e comentou sobre o uso de três volantes. Sem Paulo Henrique Ganso, mais uma vez Diniz optou por Allan, que faz as vezes mais de segundo volante.
- Achei que funcionou bem, jogamos com um time em linha baixa. As chances do Goiás nasceram de erros de passes infantis que a gente teve. Estávamos bem, tivemos um pênalti, um gol mal anulado. Acho que os três fizeram uma boa partida, não faltou ligação no ataque. Se tivesse ganhado de 1 a 0, talvez a pergunta seria outra. Os três cumpriram a função, erraram alguns passes, mas, de maneira geral, a equipe fez uma partida equilibrada - afirmou Fernando Diniz, que teceu críticas ao árbitro assistente de vídeo.
- O VAR atrapalhou de fato. O gol do Everaldo não tem cabimento. Sou a favor do VAR para corrigir injustiças, mas usá-lo para demorar esse tempo todo e cometer um erro... O futebol é muito difícil. A gente até pode ter erro, mas um erro assim não pode acontecer. Claro que teve erros do time, isso a gente pode corrigir, mas não dá para corrigir um erro determinante, como na anulação do gol e no lance deles - disse.
Outro assunto bastante comentado na coletiva foi a penalidade desperdiçada por Luciano. Com o erro deste domingo, o atacante chegou a três pênaltis perdidos somente no ano de 2019. Durante a semifinal do Campeonato Carioca, inclusive, Luciano passou a cobrança para Yoni Gonzalez, na partida contra o Flamengo, três dias após perder contra o Antofagasta, pela Copa Sul-Americana. Para Diniz, Luciano segue sendo o cobrador do time, independentemente de ter errado contra o Goiás.
- Ele é um dos batedores, mas hoje teve a infelicidade de errar. A gente não consegue controlar o torcedor. Eles já aplaudiram muito o Luciano, mas hoje vaiaram. Ele teve coragem de bater, mas perdeu. Não é nenhum vilão. Tenho certeza que ele vai voltar a jogar bem e ser aplaudido pelos torcedores - salientou o treinador.
O Fluminense volta a campo na quinta-feira para enfrentar o Santos, às 19h15, na Vila Belmiro. O Peixe estreou com uma convincente vitória contra o Grêmio em Porto Alegre, por 2 a 1. Fernando Diniz preferiu ainda não analisar o rival, mas deixou em aberto que pode ter mudanças para o confronto na Baixada Santista.
- Não tem uma vara mágica, é trabalhar. Quando a gente, as coisas não estão todas erradas, e quando ganhamos, nem tudo está certo. Vamos corrigir. Estamos ganhando novas possibilidades e vamos montar o melhor time possível para enfrentar o Santos - falou.
Confira outros tópicos da coletiva de Fernando Diniz:
Allan
O jogo de hoje foi totalmente diferente do jogo contra o Santa Cruz. Lá, nós erramos mais do que jogamos mal. Tivemos chances claras de jogar. O Allan jogou bem aqui no Rio contra o Santa Cruz, ele não podia sair. Hoje, ele não foi brilhante, mas foi ok.
Pedro
Com o Pedro estamos indo com uma cautela. Aceleramos a volta dele. Estava prevista para hoje, mas ele já participou dos últimos dois jogos. Estamos trabalhando para que ele se sinta bem desde o começo. Estamos ansiosos com o retorno dele. É passo a passo, dia a dia. Não posso responder se vai ser na quarta ou no domingo. Com o tempo, a tendência é que ele inicie os jogos. É um talento raro. Tê-lo de início é o que todo mundo quer.
Aírton e Bruno Silva
O Airton não é só marcação, ele tem bom passe. O Bruno Silva fez bom jogo. Não é porque o torcedor vaiou que eu tenho que concordar que jogou mal. Coloquei o Léo Arthur porque queria ganhar a partida, precisava de mais ataque.