Bom início de temporada abre disputas dentro do elenco tricolor
Se no começo do ano a falta de opções era uma preocupação do Fluminense, o bom desempenho e surpresas fazem Fernando Diniz ganhar opções e dúvidas
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Não é apenas o jogo coletivo imposto pelo técnico Fernando Diniz que empolga o torcedor do Fluminense, jogadores que não tinham convencido em outros clubes, ou no próprio tricolor, começaram a desempenhar de maneira surpreendente e algumas disputas dentro do elenco já são nítidas:
Gilberto x Ezequiel
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Uma das referências técnicas do elenco desde 2018, Gilberto voltou aos gramados contra o Bangu, pela primeira rodada da Taça Rio, após ficar quase seis meses afastado por causa de uma lesão no joelho. Ainda fora de ritmo, o lateral teve uma atuação discreta mas que faz o torcedor ter esperança que a importante peça ofensiva contribua muito para o elenco em 2019. Antes da lesão, Gilberto somava seis gols e cinco assistências na temporada passada.
Um dos reforços que ainda não engrenou, Ezequiel não conta com a simpatia dos tricolores, diferente do seu concorrente, mas sua obediência tática e qualidade de passe são características que agradam o técnico Fernando Diniz por serem convenientes ao seu estilo de jogo. Ezequiel é o quarto jogador que mais deu passes no campeonato carioca (344) e já fez um gol pelo clube contra a Portuguesa-RJ.
Mascarenhas x Marlon
Parecia que tudo que o Mascarenhas precisava para decolar no Fluminense era um ano emprestado para adquirir experiência e confiança. Mascarenhas mostrou nesse início de ano a lateral esquerda pode continuar entre as revelações de Xerém, após a venda de Ayrton Lucas para o futebol russo. As boas atuações foram revertidas em bons números para o jovem: nos cinco jogos disputados, duas assistências. Jogador perdeu os últimos jogos por ter contraído caxumba, mas já está em processo final de recuperação.
Marlon vê a situação de 2017 se inverter: Cheio de moral era titular absoluto com Abel Braga, que pediu sua contratação após boas atuações no Criciúma, hoje com Fernando Diniz o paranaense é contestado, reserva e um dos alvos da torcida. Além disso, na respectiva temporada, Marlon era dono da posição e Mascarenhas seu reserva.
Caio Henrique x Airton
Um dos reforços para atual temporada, Caio Henrique deixou bem claro contra o Bangu que quer ser titular do Fluminense. Não apenas pelo gol, o jogador emprestado pelo Atlético de Madrid fez uma função muito valorizada no futebol moderno: o box-to-box. Quem estava no Maracanã não conseguiu definir a posição de Caio Henrique. Se no Paraná ele era um articulador, ele mostrou uma versatilidade muito maior com a camisa do Fluminense. Saiu jogando entre os zagueiros, articulou o jogo, finalizou, até pressionou o goleiro adversário para recuperar a posse de bola. Para quem imaginava ver uma atuação de gala do estreante Ganso, viu uma grande atuação de Caio Henrique.
Quem deve ter ficado preocupado com a atuação de Caio Henrique contra o Bangu foi Airton. Dono da posição até agora na temporada o volante é um contraponto importante para o Fluminense. Airton é um dos jogadores mais experientes de um elenco muito jovem e principalmente, é um jogador que compõe o setor defensivo de um time ofensivo pelo estilo adotado pelo técnico Fernando Diniz.
Allan x Bruno Silva
Um dos estreantes da noite deste sábado contra o Bangu, Allan é uma grande incógnita para o futebol brasileiro. Um dos vários casos de jogadores que saíram cedo e nem chegaram atuar profissionalmente no Brasil, o jogador carrega muita expectativa por carregar elogios de Jurgen Klopp, treinador do Liverpool da Inglaterra, dono dos direitos de Allan. O jogador tem o perfil que o time do Fluminense carrega: jovem e com boa qualidade de passe.
Bruno Silva chegou prometendo ser o mesmo jogador que foi um dos melhores do Brasil em 2017 pelo Botafogo. Mas por enquanto o jogador se destacou mais pelas polêmicas do que propriamente dito pelo futebol. A versatilidade, características de infiltração e marcação alta contam positivamente para o volante, mas que muitas vezes não consegue dar seguimento as jogadas articuladas pelo time.
Luciano x Ganso
Uma discussão que não deveria ser cogitada no começo da temporada, mas o futebol não é baseado na lógica. Hoje existe um receio em deslocar Luciano, artilheiro da equipe no ano e que se encontrou como armador em 2019 para a entrada do maior reforço do clube na temporada. Ganso tem nome e respaldo para continuar jogando até ganhar ritmo de jogo suficiente e voltar a ser o que todos esperam: o Ganso que encantou todos. Agora fica a dúvida, achar um reposicionar o destaque da temporada ou o grande reforço? Essa resposta fica com o Fernando Diniz.
Pedro x Yony González
Situação semelhante com a de Ganso e Luciano, o comando do ataque do Fluminense também vive um empasse. Yony chegou conquistando o torcedor tricolor com gols (4), assistências (3) e muita dança, ocupando um lugar que tem o nome de Pedro carimbado desde a lesão da revelação tricolor. Empurrar o colombiano para ponta e manter Pedro centralizado? Jogar com duas referências? Mais uma dúvida e opção para o técnico do tricolor.
Entre disputas, possibilidades e parcerias, o Fluminense vai mostrando que seu elenco tem uma pluralidade necessária para enfrentar o complicado calendário do futebol brasileiro.
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