CBF mostra diálogo do VAR no pênalti polêmico em Atlético-MG x Fluminense; árbitro mudou de ideia
No diálogo, o árbitro Marielson Alves Silva viu a bola tocar no braço de Marlon, mas considerou legal. Ao ser chamado pelo VAR, o juiz foi convencido de que havia uma infração
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Após a polêmica, a CBF divulgou nesta segunda-feira o áudio do VAR no pênalti marcado na vitória por 2 a 1 do Atlético-MG sobre o Fluminense, neste domingo, no Mineirão. No diálogo, o árbitro Marielson Alves Silva (BA) viu a bola tocar no braço de Marlon, mas considerou lance legal. No entanto, ao ser chamado pelo VAR, que foi comandado por José Cláudio Rocha Filho (SP), o juiz foi convencido de que havia uma infração na jogada.
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No lance, a equipe do VAR discorda da posição do árbitro, que afirmou não ter visto irregularidade. De acordo com a equipe, Marlon estava em ação na disputa, mas seu braço estava acima da linha do ombro, o que ampliou o espaço.
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Depois do diálogo e de analisar os lances, o juiz decidiu assinalar a penalidade - algo que gerou revolta por parte da equipe tricolor. Segundo a regra 12, ficou estabelecido que para determinar com clareza as infrações desse tipo, o braço tem início na parte superior da axila. Veja a ilustração da parte do braço em que é infração de acordo com as regras do futebol.
Confira o diálogo do árbitro com a equipe do VAR
- Possível mão. Eu vi. Jogador com posição natural na disputa de braço. A bola bate no peito do atacante e vai na mão do defensor. A disputa é natural. (O atacante) tenta dominar no peito e vai na mão do jogador, que abaixou a mão na disputa natural - disse o árbitro após não assinalar o pênalti.
- Possível penal. Aguarde, Marielson - disse a cabine do VAR, e emendou:
- Recomendo uma revisão, possível pênalti - completou
- Jogador está em ação de disputa, mas seu braço está acima da linha do ombro, ampliando seu espaço - disse a equipe do VAR.
- OK, jogador com o braço alto, de forma associada, amplia seu corpo, penal sem cartão - disse Marielson após conferir a jogada na cabine.
Veja a regra 12 do manual de regras do futebol
Com objetivo de determinar com clareza as infrações de mão/braço, fica definido que o braço tem início na parte superior da axila, como está demonstrado na figura ilustrativa. Nem todo toque da bola na mão/braço de um jogador é uma infração. Será uma infração se um jogador:
Tocar a bola com sua mão/braço deliberadamente. Por exemplo, deslocando a mão/braço na direção à bola;
Tocar a bola com sua mão/braço, quando sua mão/braço ampliar seu corpo de forma antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural, quando a posição de sua mão/braço não é consequência do movimento ou quando a posição da mão/braço não pode ser justificada pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço em tal posição, o jogador assume o risco de sua mão/seu braço ser tocada pela bola e, portanto, deve ser punido;
Marcar um gol na equipe adversária: diretamente do toque da bola em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente, inclusive o goleiro; ou imediatamente após a bola tocar em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente.
Dessa forma, Hulk foi para a cobrança e empatou o jogo anda no primeiro tempo. Na sequência do jogo, o líder do campeonato virou o placar e saiu com a vitória que o aproximou ainda mais do título. Diversos jogadores do Fluminense se revoltaram com a marcação e detonaram a arbitragem.
Na súmula, o árbitro A marcação esquentou o clima após o jogo. Na súmula da partida, o árbitro Marielson Alves Silva citou que o presidente do clube carioca Mário Bittencourt o xingou na ida para o vestiário. Na saída do campo, David Braz questionou o pênalti marcado. Além dele, Fred, Marlon e Marcão também criticaram.
O atacante chegou a postar uma foto em que o árbitro está vendado no momento em que analise o lance em frente à cabine do VAR. Na coletiva de imprensa, o técnico Marcão também detonou o desempenho da arbitragem no duelo decisivo deste domingo.
Na manhã desta segunda, o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt foi até à sede da CBF e conversou com o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Alício Pena Júnior, e com o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues. O mandatário protestou de maneira formal contra a atuação do árbitro e classificou como 'Enorme prejuízo'.
Com o revés, o Fluminense segue na sétima colocação, restando duas rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro. A equipe tem 51 pontos e volta a campo no próximo domingo, contra o Bahia, às 16h, na Fonte Nova.
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