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Fluminense cobra mais de R$ 8,8 milhões da Valle Express na Justiça

Empresa ex-patrocinadora do tricolor alega estar em processo de falência e partes trocam acusações sobre parceira

Uniforme Fluminense - Valle Express
imagem cameraValle Express era a patrocinadora master do Fluminense (Foto: Reprodução/Twitter)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/11/2018
11:32
Atualizado em 24/11/2018
14:26

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Anunciada como patrocinadora master do Fluminense em 19 de janeiro, a Valle Express teve o contrato quebrado com o clube de forma turbulenta e com polêmicas, como todo processo na relação entre as duas partes. A rescisão, em agosto, virou processo na Justiça em que o Tricolor pede as quatro parcelas em atraso, além da multa pelo não cumprimento do acordo de patrocínio, o que totaliza pouco mais de R$ 8,8 milhões.

A informação foi divulgada inicialmente pelo 'Globoesporte' e confirmada pelo LANCE!, que teve acesso aos documentos, que mostram uma série de acusações entre as partes. A empresa alega estar em processo de falência, o que contrasta com a informação dada pelo próprio grupo um dia antes da rescisão sobre a venda de uma parte da operação a um grupo dos Estados Unidos. Segundo a companhia, a atuação da empresa no país seria ampliada, com novos produtos e cartões a serem lançados no mercado.

Com oito meses de patrocínio, a empresa atrasou o pagamento das parcelas em cinco oportunidades. Mesmo nos meses onde o depósito foi realizado, enfrentou problemas com as datas marcadas, atrasando os valores ou pagando em outras datas para manter o vínculo. Em março deste ano, a Valle Express não conseguiu realizar o pagamento de R$ 200 mil no dia 15, mas fez um acordo com o clube das Laranjeiras e pagou o valor 11 dias depois. No mês seguinte, o início de um problema que se arrastaria: a empresa voltou a não pagar o clube em abril, referente a parcela de R$ 250 mil, que até o momento não foi quitada. O cenário se repetiu em maio, junho e julho, completando quatro meses de débitos atrasados e uma dívida que gira na casa dos R$ 1,4 milhão.

O processo aberto tem como intenção validar a rescisão entre as partes, condenar a Valle a pagar a quarta, a quinta, a sexta e a sétima parcelas (1,4 milhões) e mais multa de 10% e juros de 1% ao mês até agosto, dando cerca de R$ 1.560.000, além de exigir o pagamento da multa de 40% das parcelas remanescentes de R$ 18.250.000, o que estava em contrato, que totaliza R$ 7.300.000. No total, o Fluminense quer receber mais ou menos R$ 8.860.000.

Defesa da Valle

Em sua defesa, a Valle, representada pela advogada Priscila Flavia Teixeira, fala sobre as dificuldades pelas quais a empresa passa e pede, entre outras coisas, multa ao Flu pelo clube não cumprir as contrapartidas do contrato.

No documento, a empresa fala que "tal declínio iniciou-se em fevereiro deste ano, e, atualmente, consolida-se como situação de extrema vulnerabilidade (...) A empresa Valle Express, que antes era uma empresa altamente lucrativa, sentiu fortes impactos irradiados pela crise".

As acusações

A Valle Express e o Fluminense acertaram um contrato pelo valor de R$ 20 milhões e válido até o final de 2019, expondo a marca no peito do uniforme. O que parecia um cenário perfeito, acabou se tornando uma tormenta, algo que pode ser visto nas folhas do processo. Há uma série de acusações dos dois lados.

O clube acusa a companhia de ter dado desculpas das mais variadas índoles para justificar a falta de pagamentos, citando a dificuldade na ascenção da marca, obtenção de resultados aquém dos esperados, entraves prejudiciais ao projeto de crescimento da empresa e faltas contratuais imputadas ao Flu. Porém, alega que nada disso foi provado.

Já a Valle alega que nunca houve atraso nos pagamentos e acusa o Fluminense de "distorcer os fatos ao seu bel prazer". Assim como alegado em nota oficial após a rescisão, a empresa afirmou que houve a suspensão dos pagamentos por conta de 14 contrapartidas não cumpridas pelo clube nos três primeiros meses da parceria.

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