Objeto que é usado para se proteger de algum ataque ou perigo. A frase anterior é a definição de escudo, mas, no caso do Fluminense, poderia ser a do técnico Abel Braga. Com vasta experiência, o treinador tem assumido a responsabilidade e tentado ao máximo proteger o atual elenco, que é recheado de jovens e ainda está envolto a muita desconfiança por parte da torcida.
Após a derrota para o Avaí, na última quinta-feira, pela Copa do Brasil, mais um exemplo desse "escudo Abel Braga" pôde ser visto. Depois de a equipe sair de campo sob fortes vaias, o comandante tricolor colocou o revés na própria conta e saiu em defesa dos jogadores, afirmando confiar no trabalho que eles vêm realizando neste ano.
- Não fizemos um bom jogo, reconheço isso. A responsabilidade é toda minha. Nos últimos jogos, com o coletivo bem, alguns jogadores cresciam individualmente. Hoje o coletivo não funcionou. Eu me responsabilizo. Confio plenamente nos meus jogadores, confio muito e estou muito orgulhoso no que foi feito até hoje. Sou calejado e sabia que isso podia acontecer (derrota). Temos muita consciência do que podemos fazer, do que podemos melhorar - disse
A demonstração desta confiança esteve evidente quando Abel defendeu o que foi realizado até este momento da temporada - o Fluminense ficou oito jogos sem perder, tendo sido seis vitórias consecutivas.
- Íamos passar o ano todo sem perder, sem tomar gol? Aconteceu. Jogamos para que não acontecesse, mas não funcionou. Se jogarmos no lixo tudo o que fizemos até agora, nada valeu a pena. Continuo a acreditar nos nossos jogadores.
Recentemente, Abel, ao comentar a utilização do 3-5-2, comentou que gostaria de sair da mesmice em que se encontra o futebol afirmou que não tinha medo de ser demitido.
Esta é a terceira passagem de Abel Braga pelo Fluminense como técnico. O ex-zagueiro, que é cria das categorias de base do Tricolor e deu os primeiros passos na carreira profissional nas Laranjeiras, já comandou o time em 2005 e, depois, de 2011 a 2013.
Defesa de Marlon Freitas
O técnico Abel Braga fez questão de defender Marlon Freitas, que falhou no lance que gerou o segundo gol do Avaí na partida - que decretou a vitória do time de Santa Catarina - e foi alvo de críticas da torcida. Ele havia entrado em campo apenas quatro minutos antes, na vaga de Sornoza.
- Ele entrou em campo e, sem tocar na bola, estava sendo vaiado. Abala, pois é um jovem. O que o Marlon Freitas tinha feito de errado até hoje? Nada. Teve é uma responsabilidade muito grande ao ajudar o time no ano passado em um momento muito difícil da equipe. Não entendi o porquê (as críticas) - ressaltou.
O treinador apontou quem ele tinha de opção para colocar na vaga de Sornoza e explicou ainda o motivo de ter escolhido Marlon Freitas:
- Eu tinha o Marlon Freitas, como tinha o Luquinhas. Mas o Luquinhas não joga não sei há quanto tempo. No ano passado, quando ele entrou contra o Atlético-MG, machucou no primeiro lance. Não joga, então, desde quando era do (STK Flu) Samorin (filial tricolor na Eslováquia). Era complicado usar um jogador que há sete, oito meses não joga.