Daniel e Igor Julião crescem e viram opções de confiança para Diniz no Flu
À sombra das crias "mais famosas" de Xerém do elenco, jogadores tomaram conta de suas respectivas posições nos últimos jogos
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Construído em 1983, o Vale das Laranjeiras é um local de simbolismo à torcida do Fluminense. Popular e carinhosamente conhecido somente como "Xerém", por ser o nome do local onde fica, a famosa divisão de base historicamente produz jogadores de (muito) valor ao time profissional. Não seria diferente em 2019. Até pelo momento delicado financeiramente, o clube vê nos talentos a oportunidade de fazer caixa e sanar dívidas. O último foi Leandro Spadacio, vendido ao Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes Unidos.
Nomes como Pedro, Marcos Paulo e João Pedro (este já comprado pelo Watford, da Inglaterra) são os de maiores grifes atualmente; o capitão Digão possui prestígio alto; Miguel desponta como nova "mina de ouro". Mas dois atletas têm crescido consideravelmente já há algum tempo: Igor Julião e Daniel. A vitória por 2 a 1 contra o Internacional, sábado, no Maracanã, viu mais uma vez a dupla ter atuação de destaque.
Igor Julião evita falar no assunto, mas parece evidente que a lateral direita tem um novo dono. Ele foi titular nos últimos jogos, mas já tinha deixado boa impressão quando começou atuando na ida contra o Peñarol, nas oitavas de final da Sul-Americana. A entrega na marcação somada a uma chegada ao ataque que vem evoluindo cada vez mais renderam aplausos dos torcedores contra o Colorado.
Após subir com expectativa ao time principal em 2013, acabou sendo penalizado pela campanha ruim naquele ano no Campeonato Brasileiro. A partir daí, o tempo não foi benevolente com o lateral. Ele rodou por centros periféricos da Europa, jogou nos Estados Unidos e, depois de passar pelo Samorin, filial do Fluminense na Eslováquia, voltou ao Tricolor em 2018, ainda opaco. Só nos últimos meses passou a ser utilizado com frequência. No início da temporada, com Gilberto lesionado, Fernando Diniz estava dando prioridade a Ezequiel. De maio para cá, no entanto, as oportunidades cresceram: entrou em campo 11 vezes de 16.
MATURIDADE: O SEGREDO DA EVOLUÇÃO DE DANIEL, SEGUNDO FERNANDO DINIZ
A regularidade de Daniel não vem de hoje. O meia, antigamente chamado de "Danielzinho", começou o ano como titular ao lado de Aírton e Bruno Silva e, mesmo com as mudanças feitas por Fernando Diniz no meio-campo, não perdeu espaço. Pelo contrário: cresceu mais ainda de produção. Com Allan e Ganso, fica menos desgastado na armação das jogadas. Para os torcedores, é o "motorzinho" do time. No sábado, Diniz encheu o pupilo de elogios.
- Daniel foi ganhando mais maturidade também. Era um jogador que tinha pouca rodagem, tinha jogado pouco pelo Fluminense. Vai ganhando confiança, o time vai encorpando. Ele é um jogador muito inteligente e tem o fato de eu já conhecê-lo, de ter trabalhado com ele no Oeste. Sei que ele é muito sagaz, consegue aproveitar muito bem a maneira como o time joga, consegue ocupar os espaços onde poucos conseguem ocupar por se antecipar taticamente. O crescimento dele foi natural junto com o crescimento do time. Oscilou, como todo o time, mas está vivendo um grande momento - salientou o comandante.
Com Igor Julião e Daniel, o Fluminense volta a campo no sábado, às 21h, para enfrentar o Atlético-MG no Independência. Depois do domingo de folga, a reapresentação da delegação será nesta segunda-feira, às 10h.
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