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Diniz cita filho apaixonado por Fred e admite emoção no Fluminense por aposentadoria: ‘Muito significativo’

Treinador não quis dizer se o centroavante vai começar como titular e evitou clima de festa para confronto importante com o Ceará

Fernando Diniz e Fred - Fluminense
Fernando Diniz e Fred durante treino do Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

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O clima na torcida do Fluminense pode ser de emoção e festa, mas das portas do CT Carlos Castilho para dentro há foco total no jogo contra o Ceará pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, o técnico Fernando Diniz falou sobre o último jogo de Fred pelo Tricolor e garantiu que o fato de ser uma despedida não tira a concentração. Além disso, não quis revelar se o camisa 9 começa como titular.

- A festividade do Fred não muda nada. Temos uma maneira muito contida de separar as coisas, a festa, depois do jogo nem temos tempo de festa porque temos o Cruzeiro. Essa é a vida que temos no meio do futebol, temos que entregar. Somos trabalhadores, não somos torcedores ou gente que faz festa. Temos que trabalhar, respeitar o momento que o Fred merece. Tem que ter, mas temos que fazer algo difícil nesses momentos, separar a festa do jogo. É um jogo duro, um time que tem jogado bem. Foi um treino com foco total no Ceará - disse.

- Não quero falar de como vai ser, mas existe um planejamento, tenho conversado com o Fred desde que ele voltou com a decisão de parar. Vamos ver o que acontece no jogo. Do mesmo jeito que no sábado não estava previsto ele entrar, ele entrou e foi daquela maneira apoteótica, amanhã já é mais racional. Não vou falar exatamente o plano porque pode ser mudado. Esperamos que a gente consiga focar no jogo e fazer tudo que precisamos amanhã - completou.

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​Mesmo com o foco, não há uma pessoa no Fluminense que não esteja emocionada com o fim da carreira de um dos maiores ídolos da história do clube. Para Diniz, que chegou a jogar com Fred no final da carreira dele e início do centroavante, o momento é de felicidade por ser o último treinador da vida dele.

- É emocionante para todo mundo. Conheci o Fred quando ele tinha cerca de 20 anos, ele estava no começo da carreira, eu estava mais próximo do fim da minha. Reencontrá-lo aqui foi muito melhor do que eu imaginei. Ele é espetacular como ser humano, até mais do que jogador. O fechamento da carreira dele está acontecendo de maneira muito merecida. Um cara iluminado. O enredo de sábado, contra o Corinthians... não era nem para ele ter entrado, mas aconteceu aquilo, que é fruto de merecimento. É um cara apaixonado por futebol que não gostaria de parar. Se ele sair vai sentir falta. Participar deste momento e criar essa relação que criei nessa volta, de maneira instantânea e espontânea, é uma coisa emocionante, vou levar para vida inteira. Meu filho mais velho é apaixonado pelo Fred. Ainda tenho esse plus. Está sendo um momento muito significativo, que vou levar para sempre - afirmou.

- O Fred de hoje é o melhor Fred desde que o conheço, conheço desde 2004. Extremamente generoso, bem humorado o tempo todo, feliz com a vida e com o que fez na carreira. De bem com a vida e que consegue ajudar a todos. Ele fará falta, mas não sei quais são as condições para que ele continue com a gente. Meu desejo é que ele fique aqui até o final do ano de alguma forma. Tem uma importância no vestiário, dia a dia, na conexão única com o torcedor, esperamos contar com ele até o fim do ano - concluiu.

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TORCIDA

Eu tenho uma relação diferente com o torcedor. Desde 2019 quando passei, embora no Brasileiro os resultados não tenham vindo, tinha uma aceitação e torcida para que as coisas acontecessem. O tempo passou, depois de três anos fui melhorando, me testando, experimentando e voltei melhor para ajudar o Fluminense. Ver a torcida engajada como ela está é lindo, aquele dia do Fred sem a torcida não teria sido tão lindo. Foi uma conexão. Espero que esse engajamento aumente e seja constante para que a gente trabalhe cada vez melhor. Temos que nos diferenciar da torcida no sentido de trabalhar de maneira dura e entregar. O torcedor está fazendo a parte dele e eu só tenho a agradecer. Estamos trabalhando constantemente para que as coisas melhorem.

REFORÇOS

O Alan é um jogador que tem uma história rica aqui e é muito querido. Tem características e tudo a ver com a maneira que eu vejo futebol. Foi quase uma unanimidade na volta. O Marrony é um jogador que eu já tinha tentado levar em três ocasiões. Conheço mais, vi jogar mais e já joguei contra várias vezes. É um jogador jovem, extremamente interessante e que sabe jogar em todas as posições do ataque. Tem consciência tática, está sempre perto do gol. Tem tudo para fazer uma história bonita no Fluminense. Fora os dois tem o Michel Araújo, que era um dos que eu mais gostava em 2020 na época do Odair. Está sendo uma alegria. Ele encaixa bem.

MARRONY

Para mim é uma alegria muito grande trazê-lo e ter a possibilidade de ajudar para que ele se recupere. Estou esperançoso, confio muito, acho que tem características muito interessantes, um jogador com qualidade importante, com carisma para o gol, sintonia. Ele veio para o lugar certo, o ambiente é de harmonia, os jogadores se gostam e se respeitam. Veio para o melhor lugar que poderia.

WILLIAN

Esse foi o que eu mais tentei levar para outros times, ele tem história grande no futebol. Contribui muito, é profissional, dedicado, tem contribuição como exemplo e como técnica e tática. Pode jogar em qualquer posição do meio para frente. Um cara que sempre produziu muito ofensivamente, tem treinado cada vez melhor, tem entrado com cada vez mais segurança. Pretendo olhar e usar ele sempre que necessário. Conto muito com ele e tenho confiança que vai voltar a jogar aquilo que já jogou em outros times.

RECUPERAÇÃO

Não tem receita, o que eu faço, sei que o Samuel é bom, o Willian, o Caio Paulista. E eu não desisto fácil. Às vezes o jogador precisa de confiança para ele sentir. Às vezes é carinho, atenção, chamar para conversar, deixar de cobrar. O que tenho é preocupação de desenvolver o jogador, fazer o melhor. A preocupação vai muito além do que estou fazendo naquele momento. Quero fazer com que o jogador tenha uma vida melhor do que a que ele tem hoje. Quando ele para tem outra vida. Quero entregar o máximo de qualidade para eles terem qualidade e viverem melhor. Talvez esse entendimento faça com que eu consiga ajudar jogadores que tem vontade de vencer.

APOSENTADORIA

Ele, diferentemente de mim, eu só presto para ser técnico, o Fred vai poder escolher. Ao mesmo tempo que foi difícil porque só tem essa chance, foi fácil porque só dava para ser aquilo. Ele tem dúvidas, pode se encaixar, tem carisma, experiência, liderança, técnica. É simpático, comercial, se for para a vida de empresário vai se dar bem, se for dirigente vai se dar bem, tem um leque grande. É mais afortunado do que eu.

Acho que a cabeça dele está boa. Para de jogar futebol nunca é fácil, ainda mais para ele que gosta do torcedor, da casa cheia, para ele parar é até mais difícil, mas dadas as circunstâncias a cabeça está boa. Desde que eu cheguei o Fred deve ser a pessoa que mais converso. Tem que ter um tempo para ele, esfriar a cabeça, decidir com a família. Ele tem muitos caminhos, todos diferentes. Merece e precisa do tempo para descansar e pensar no que fazer.

TÍTULO

Um time do tamanho do Fluminense o mínimo que tem que fazer é desejar e trabalhar para ganhar. Vamos trabalhar com a intenção de fazer o melhor. Temos que trabalhar talvez mais que todo mundo e trabalhamos muito. Os jogadores acreditam no trabalho e no potencial. Vamos fazer o máximo para levar o Fluminense onde ele puder.

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