Ao L!, Douglas revela liberdade com Abel, mira títulos e explica evolução no Flu
Em exclusiva no CT Pedro Antonio, camisa 8 afirma preferência em posição mais avançada e bom desempenho no ano. Segunda parte da entrevista sai amanhã
Quem vê o volante Douglas com raros sorrisos dentro de campo pode achar seu estilo marrento. Longe disso. Com poucas palavras e muita timidez na frente das câmeras, o jogador de apenas 20 anos carrega grande responsabilidade no Fluminense de Abel Braga. E garante estar preparado.
Peça-chave na atual temporada, participou de sete gols nos seis jogos em que disputou - com seis vitórias no total. O desempenho ofensivo pode ser surpresa para os torcedores, mas não para ele, que já estava acostumado a jogar dessa forma. O jogador evitou falar de Levir Culpi, mas lembrou da falta de sequência na temporada passada.
- Agora estou jogando como eu jogava na base, chegando mais no ataque, mais próximo do Henrique Dourado. Vejo uma responsabilidade enorme (em ser titular), mas isso é fruto do meu trabalho. Ano passado joguei muitos jogos, mas não me firmei como titular. Este ano estou me firmando, fazendo bons jogos. Só está faltando um golzinho agora. - contou Douglas em entrevista exclusiva ao LANCE!.
Grande parte desse crescimento pode ser atribuído ao novo comandante, que deu voto de confiança para o jogador. Ainda na pré-temporada, Abelão rasgou elogios e disse que o atleta tem 'muita bola pra pouca idade'. Inclusive, o treinador adiantou seu posicionamento, onde acredita que pode extrair mais do - segundo - volante.
- Abel tem muita importância. Me dá muitos conselhos, dá muita liberdade para os meias. É um treinador que já ganhou tudo na carreira. Prefiro porque é uma posição que eu jogava na base, quase como um meia mesmo. Hoje em dia não tem mais volante mais fixo. Temos que marcar e atacar, me sinto muito bem assim em campo e o Abel dá toda liberdade de movimentar e chegar bem na frente - afirmou.
Outro fator que deixou Douglas mais solto no elenco foi o entrosamento com os companheiros da base. A menor média de idade entre os times do Rio se deve aos garotos de Xerém. No elenco profissional, são mais de 15 jogadores revelados no próprio clube.
- É diferente jogar com os mais jovens, os que vieram da base. A gente passou por isso e sabe como é o sofrimento para chegar aqui. Estamos bem entrosados, dá para ver nos jogos. Sou muito amigo do Nogueira, Scarpa. A resenha flui - disse, lembrando das brincadeiras no CT Pedro Antonio.
Com elenco ainda em formação, Douglas pensa grande na temporada. A invencibilidade no Carioca empolga o camisa 8, que acredita estar pronto para buscar títulos no Fluminense. Em 2017, a equipe entrou em campo oito vezes, com sete vitórias e 22 gols marcados. Na única derrota, contra o Inter, na Primeira Liga, o jogador foi poupado e Abel escalou time reserva. Reserva?
- Primeiro é que aqui não tem time reserva. Todos são titulares e quando machucar ou precisar de alguém estamos ai. E a gente pensa em título. Copa do Brasil, Carioca... nosso time está muito bem, dá para buscar, sim.
Esta foi a primeira parte da entrevista exclusiva com o volante Douglas, do Fluminense. Mais tarde, aqui no LANCE!, será publicada a segunda parte da conversa com o volante, que abre o jogo sobre Seleção, Europa e estilo fora de campo.