De virada, o Fluminense venceu o Bahia por 2 a 1, em jogo válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, neste sábado (24). Ao final do duelo, o auxiliar técnico Eduardo Barros, responsável por comandar a equipe na ausência do suspenso Fernando Diniz, avaliou a partida.
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- O gol a seu favor ou sofrido muda o jogo. A equipe que sofre tende a se lançar um pouco mais, a equipe que fez o gol não precisa assumir postura tão ofensiva, e especialmente pelo momento que a gente está vivendo, com muitas vezes de bons jogos, mas resultados não acompanhando o desempenho da equipe... Não é fácil fazer o que a gente estava fazendo nos 30 minutos iniciais hoje contra o Bahia, que a gente obrigou o Danilo a fazer um volume de defesas muito alto. Salvo engano, a gente acertou 11 finalizações no alvo, um volume expressivo. E o gol, combinado como o momento que a gente vive, afetou a gente emocionalmente. A gente teve um hiato que a equipe não conseguiu sustentar o bom desempenho que vinha apresentando.
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- Apesar da expulsão, a equipe termina o primeiro tempo mostrando sinais de recuperação, de conseguir ficar com a bola, fazer o Bahia manter uma postura não tão agressiva. No intervalo, a gente fez os ajustes que precisava, para mesmo com um jogador a menos, voltar com uma postura tão agressiva. E os jogadores que estão muito unidos, muito fechados, mobilizados, e que não precisaria ter que afirmar essa questão em virtude do tanto que os caras correram hoje, do tanto que correram contra o Atlético, e do tanto que estão fechados com o treinador, que infelizmente, devido a mais um erro de arbitragem, não pode comandar a equipe do campo. A equipe foi brilhante nos minutos iniciais do segundo tempo, conseguindo a merecida virada, que a gente soube sustentar até o final - completou o auxiliar técnico.
Ainda na coletiva, Eduardo Barros também falou sobre a opção por Lelê de titular no lugar de Cano, e esclareceu a polêmica com a torcida no jogo contra o Atlético-MG, em Volta Redonda.
Lelê titular:
- Nos últimos dois jogos, ele teve que fazer uma função tática que não é sua especialidade, tendo que jogar como segundo atacante do que como centroavante. O jogo contra o Goiás, o Lelê foi, talvez, nosso principal atacante, em gerar chances de gol para nossa equipe, dar movimentação, gerar espaço, colocar o Cano em condições de gol. O jogo contra o Atlético não produziu da mesma forma, mas vou dar um elemento que pode ter impactado o jogo do Lelê. Hoje, o Marcelo, com a perna esquerda, fez bolas com muita facilidade. Quando a gente não tem um canhoto ali, a dinâmica muda completamente, é outro tipo de passe que precisa encaixar. O Lelê estava ali, treinou pensando como seria, mas houve uma mudança de última hora como vocês sabem. Nesse momento, vale ressaltar, uma questão voltada a Xerém. Por que o Diniz desconsiderando Xerém? A fábrica de grande jogadores, cultural e historicamente construído, que o Diniz ajudou a revelar inúmeros, com alguns entre os nossos titulares, chegando à Seleção como um dos principais nomes?
- Como o treinador desconsidera? No último ano, nós tínhamos o Alexander que deu claros sinais que poderia jogar como lateral-esquerdo, em um time que os jogadores jogam em múltiplas posições, em mais de uma. Hoje, o Martinelli começou de cinco, vinha jogando como oito, e terminou de zagueiro em virtude das circunstâncias, e nesse cenário que eu tentei esclarecer, o Lelê era o nome para iniciar porque nós precisávamos deixar Cano e Ganso, que não tem a mesma recuperação que os jogadores mais jovens, mais frescos para o jogo muito decisivo, talvez o mais importante temporada até aqui.
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Sobre a questão com torcedor:
- O recorte foi erro meu em responder o torcedor, não xingá-lo, não ofende-lo, mas eu devia, talvez, de outra forma me referir ao jogador. Eu estava tentado proteger o patrimônio do nosso clube, tentando proteger os jogadores que vestem a armadura tricolor e eles precisam de apoio, especialmente nos momentos mais difíceis. Como iniciamos a semana com a baixa do Manuel na segunda, do Felipe Melo na terça, e do Marcelo no dia do jogo. Então, tivemos que fazer alterações para o Atlético, que inicialmente não estavam nos planos. E os jogadores começaram bem o jogo, só que, o que eu escuto, quem está há cinco metros de mim, também escuta, e isso vai afetando o desempenho dos jogadores ao longo do jogo, no momento em que mais precisamos de apoio e suporte.
- Ou vocês acham que viraríamos o jogo hoje? Poderíamos até ter virado, mas da forma como foi hoje, apoiados pelos nossos torcedores. O nosso torcedor cantou e apoiou durante o jogo, eles foram determinantes para a virada. E esse recorte do que aconteceu entre eu e um torcedor específico, que estava ofendendo os jogadores, não representa a relação da comissão técnica e a minha com o torcedor, que é uma relação linda e elevou o Fluminense de patamar. O Fluminense não fui eu, o Diniz, os jogadores, o Fluminense foi apontado antes de iniciar o Brasileiro como favorito, tendo o 10º ou 11º orçamento do futebol brasileiro. Em todos os canais que se discutia futebol, oficiais e não oficiais, o Fluminense estava lá, entre os três principais e postulantes ao título. E em uma sequência não tão boa, a gente vem tendo, em que joga bem e não ganha, a gente precisa de apoio do torcedor.