Escolhas erradas e resultados ruins: Oswaldo já sofre pressão no Flu
Treinador foi vaiado pelos torcedores na derrota para o Avaí e desde que chegou não conseguiu dar equilíbrio ao time. Situação piora com queda de rendimento de Ganso
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A derrota para o Avaí ligou o alerta no Fluminense, que se mantém na zona de rebaixamento, com 12 pontos, seis a menos que o Cruzeiro, o 16º colocado. A chegada de Oswaldo de Oliveira não surtiu o efeito esperado e o Tricolor ainda não venceu sob o comando do treinador. São duas partidas, ambas no Maracanã, somando um empate em 1 a 1 com o Corinthians, que causou a eliminação da Copa Sul-Americana, e uma derrota por 1 a 0 para o lanterna do Campeonato Brasileiro.
O pior é que a torcida parece já ter perdido a paciência com o técnico, que foi bastante vaiado e hostilizado após as substituições. Primeiro por escolher o volante Caio, que com Fernando Diniz atuou apenas uma partida. Depois em colocar Lucão na vaga de João Pedro, que vinha sendo um dos melhores jogadores do Tricolor. Oswaldo explicou a entrada do jogador defensivo, que entrou na vaga de Ganso.
- A minha opção com o Caio foi para dar suporte, porque a gente estava dando muito espaço e os zagueiros estavam ficando no mano a mano. O nosso time estava sendo atraído para essa situação. O Paulo Henrique cansou, estava errando alguns passes. Por isso coloquei um jogador mais vigoroso para nos dar mais agressividade - disse Oswaldo, completando sobre as vaias.
- Não exijo nada. Sei bem como é. O momento de dificuldade tem esse movimento contrário da torcida. Precisamos reverter esse quadro. O resultado muda tudo. A equipe jogou uma partida muito boa, criou chances, mas a vitória não veio. Prefiro até que a revolta venha contra mim e não contra o jogadores. Vou continuar trabalhando com calma.
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Ainda sobre o Ganso, o meia também caiu em desgraça com os torcedores e esse clima ruim começou justamente após a chegada de Oswaldo de Oliveira. Sem tanto tempo para adaptar o time a uma nova filosofia, o treinador optou em realizar algumas mudanças, tanto na escalação, quanto na forma de jogar.
O toque de bola e saída em bloco, deu lugar a uma transição mais rápida e vertical. Contra o Avaí, a equipe foi a campo com muitos jogadores ofensivos e sobrou para Ganso jogar mais recuado. O meia não teve uma boa atuação e foi vaiado. Logo após as críticas, foi substituído e deixou o campo direto para o vestiário, sem cumprimentar o técnico, que minimizou o ocorrido.
- Cada jogador tem um comportamento. O Ganso é um jogador tímido, arredio. Isso já aconteceu no último jogo e não tem nenhum problema. Ele não tem que me cumprimentar. Tem que cumprir as funções dele como jogador e isso ele tem feito.
Faltando 22 jogos, Oswaldo de Oliveira vai precisar resolver muitos problemas. O maior dele, fugir da zona de rebaixamento. Para isso, precisa dar equilíbrio ao time, implementar a sua filosofia e dar resultados. Paralelamente, é necessário conquistar a confiança do elenco, que era muito fechado com Fernando Diniz.
O momento delicado faz lembrar 2009, na qual o Fluminense conseguiu evitar um rebaixamento após uma arrancada histórica, contrariando os matemáticos, que previam o rebaixamento com 99% de chances de acontecer. Naquele ano, após 16 partidas, o Tricolor somava 11 pontos, estando a cinco para sair do Z4, situação bem parecida com a atual. No entanto, na avaliação de Oswaldo, o momento não é tão grave.
- Em 2009 eu estava no Japão, mas me lembro da arrancada do Fluminense. O momento não é tão grave. Temos 22 jogos para jogar, 66 pontos para disputar.
O elenco se reapresenta na tarde desta terça-feira, já iniciando a preparação para o jogo contra o Fortaleza, sábado, no Castelão. Uma semana cheia para Oswaldo de Oliveira conseguir preparar a equipe para vencer e amenizar a crise.
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