Ex-jogador de Fluminense e Inter, Bobô relembra final da Copa do Brasil de 1992 e diz para quem vai torcer
Bobô conquistou um Campeonato Brasileiro com o Bahia no Beira-Rio
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Um dos principais atacantes do Brasil entre os anos 80 e 90, Bobô relembrou a decisão da Copa do Brasil de 1992 entre as equipes e esquentou o duelo pela semifinal da Libertadores. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o ex-jogador projetou o encontro desta quarta-feira (04), no Beira-Rio, pelo jogo da volta, e contestou uma decisão da arbitragem na final do mata-mata nacional.
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Em 1992, após uma vitória no jogo de ida por 2 a 1 em Laranjeiras, a equipe carioca comandada por Sergio Cosme precisava de apenas um empate no Beira-Rio para conquistar até então um título inédito para o clube. No entanto, o Colorado conseguiu abrir o placar de pênalti nos minutos finais e levou a melhor por conta do critério do gol fora de casa.
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- O que eu posso garantir é que se tivesse o VAR hoje, anularia o pênalti marcado lá. Eu lembro pela importância do jogo. O Fluminense chegou a final da Copa do Brasil com uma campanha muito boa, mas foi muito difícil no Beira-Rio. O Zé Teodoro foi expulso no início do segundo tempo, mas mesmo assim jogávamos por um empate. Se não fosse a arbitragem, nós ganharíamos o título. Fizemos um jogo muito bom, com muita marcação, fugindo um pouco das nossas características daquele Fluminense até por conta da expulsão. Tenho muita memória, pois queria ser muito campeão com o Fluminense. Meu pai era tricolor e queria que ele experimentasse o sabor de ter um filho campeão com a camisa do Fluminense. Era um clube que eu gostava muito, então me apaixonei, mas infelizmente acabou acontecendo esse pênalti que garantiu a conquista da Copa do Brasil pelo Internacional - relembrou.
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HORA DA LIBERTADORES
Embora uma parte da opinião pública aponte um certo favoritismo no confronto para o Time de Guerreiros, Bobô vê o Internacional com uma leve vantagem justamente por fazer o segundo e decisivo jogo em casa. O Colorado espera receber quase 50 mil pessoas para apoiar o clube em busca de mais um título continental.
- É difícil enfrentar o Inter no Beira-Rio. Tive o privilégio de jogar por esses dois clubes, disputar um titulo nacional, como a Copa do Brasil, que eu considero a mais importante, porque ela é democrática, mas vai ser um jogo muito difícil para o Fluminense e também para o próprio Internacional. Mas eles têm a vantagem de jogar em casa, com a maior parte da torcida. É muito difícil o Fluminense mudar suas características. Se o time encaixar seu jogo, ele pode vencer o Inter no Beira-Rio. Não será simples, é um jogo de decisão, são duas equipes cascudas, mas eu acredito no trabalho desenvolvido pelo Diniz e na força do trabalho técnico do Fluminense - destacou.
Admirador de Fernando Diniz, Bobô não escondeu sua torcida e afirmou que o Tricolor das Laranjeiras terá seu apoio para avançar à final em busca de um título inédito na história da entidade. O ex-jogador também acredita em um grande apoio dos torcedores que viajaram do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul.
- O fator torcida é importante. Você ter seu torcedor em um jogo difícil, em um estádio diferente, é fundamental. Eu acredito que a torcida do Fluminense vai fazer sua parte. É um jogo de todos, da torcida e sua energia, como dos jogadores com a intensidade. O Fluminense tem a possibilidade de vencer um titulo inédito, o que eu não consegui vestindo a camisa do clube. Mesmo na Bahia, o Fluminense vai ter uma torcida grande e eu serei um desses acompanhando e torcendo para o Fluzão - disse o ex-atacante.
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DE BOBÔ AO LANCE!:
CONFRONTO COM INTER
- Jogar contra um time que tem uma camisa forte, que já conquistou títulos importantes, como o Internacional, em qualquer situação é difícil. Ainda mais quando se trata de uma semifinal de campeonato. Será um jogo muito difícil para o Fluminense. Uma pressão imensa de uma torcida apaixonada. Não será igual, comum. Será como uma final de campeonato, mas com um simbolismo muito grande.
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FERNANDO DINIZ
- Essa enxurrada de técnicos estrangeiros prejudica a ascensão de novos treinadores brasileiros. Mas alguns estão muito bem. O Diniz é dessa safra nova. É de uma safra de muita ousadia na forma de jogar, resgatando e valorizando a verdadeira característica do futebol brasileiro. Ele extrai muito isso do seu jogador, por isso eu gosto do trabalho dele. Pouco antes dele assumir o comando da Seleção, eu falei que meu treinador para o resgate da essência do futebol brasileiro, do drible, a ousadia, a forma de jogar, a improvisação, seria o Diniz. Ele resgata um pouco a forma de jogar do passado. O Brasil precisa recuperar isso. Pelo trabalho que ele desenvolve, vou torcer pro Fluminense vencer esse jogo, pois ele merece esse título.
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