Falta de repertório e falhas defensivas marcam revés do Fluminense para o América-MG
Defesa sucumbe diante da estratégia do Coelho, que adiantou a marcação e forçou o erro na saída de bola. Time perde e deixa o G4 restando sete rodadas para o fim do Brasileirão
O cenário era perfeito para o Fluminense reencontrar o caminho das vitórias. De volta ao Maracanã, onde não perdia há 12 jogos, com o apoio da torcida, o time tinha tudo para se recuperar das derrotas fora de casa. Mas desde o primeiro minuto demonstrou falta de repertório para sair da boa estratégia montada pelo América-MG e apresentou falhas defensivas em profusão.
Literalmente, com menos de um minuto, Manoel já deu o cartão de visitas e mostrou que a noite seria tensa para o torcedor. Entregou a bola nos pés do adversário, mas Fábio salvou. Não demorou muito para o Coelho abrir o placar. Vágner Mancini adiantou a marcação e encurralou o Tricolor em seu campo.
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Sem saída, os erros começaram a aparecer, e Juninho teve total liberdade para receber na área e abrir o placar. O estilo proposto por Diniz saindo com a bola nos pés e toque de bola, sem afobação, é bonito e surte efeito com entrosamento. Porém, para dar o xeque mate é necessário estudar os passos do adversário, algo que o América fez.
O Fluminense demorou a assimilar que teria que atuar de outra forma para não errar e oferecer perigo aos mineiros. A falta de repertório, variação tática e do estilo de jogo ficaram nítidas. Ter um estilo de jogar já conhecido traz os riscos de ser coibido, neutralizado. Em qualquer jogo, é preciso ter uma estratégia montada para esses momentos, e o Tricolor não teve.
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Quando utilizou da bola longa, Samuel Xavier achou Cano na área. O argentino fez o que é esperado dele, o gol, mas estava impedido O América, então, se aproveitou dos espaços no lado esquerdo, e Everaldo deitou e rolou pelo setor. O segundo gol saiu de uma bola por ali. Depois de um escanteio, Matheusinho finalizou da entrada da área e marcou.
No segundo tempo, Diniz fez três substituições. Delas, só Nathan correspondeu e finalizou com perigo. O que ninguém entendeu foi a entrada de Calegari na esquerda, mesmo tendo Cristiano no banco. Em nenhum momento, o Tricolor teve domínio do jogo e foi vaiado pela torcida.
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O sonho de título deu lugar aos gritos de time sem vergonha e burro para o treinador. O resumo do final de semana é que o Fluminense saiu de campo mais fragilizado e fora do G4. Resta a Diniz provar que a equipe não perdeu o rumo e garantirá a vaga na direta à fase de grupos da Libertadores. A meta esportiva e financeira para ter um 2023 mais equilibrado e competitivo.