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Falta de variação, erros e desgaste marcam o fim da invencibilidade do Fluminense no Brasileirão

Tricolor ainda não venceu fora de casa e volta ao Rio de Janeiro com pouco tempo para trabalhar e problemas a corrigir antes da próxima rodada

Fred - Atlético-GO x Fluminense
imagem cameraFluminense perdeu para o Atlético-GO fora de casa no Brasileirão (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/06/2021
21:14
Atualizado em 24/06/2021
11:55

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Embalado pelos resultados recentes, o Fluminense perdeu a invencibilidade no Campeonato Brasileiro com um verdadeiro balde de água fria. Em um cenário que já vinha preocupando, a falta de inspiração e variação, cansaço e a má atuação regeram a equipe na derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO, no Estádio Antônio Accioly, pela sexta rodada da competição. O placar foi magro, mas não é exagero dizer que poderia ter tido uma vantagem maior.

+ ATUAÇÕES: Fluminense joga mal e sofre primeira derrota no Brasileiro; Roger fica entre as piores notas

Mesmo com os bons resultados recentes, os problemas vistos nesta quarta-feira já vinham sendo detectados nas últimas rodadas. O time estava com a confiança elevada por conquistar os pontos. Pragmático, o Fluminense vinha atuando no limite da eficiência, mas os placares magros, lances de "sorte" e talento individual não conseguiram apagar as dificuldades causadas, especialmente, pelo desgaste. É bom ressaltar que a última semana completa de descanso e treinos foi entre os dias 11 e 17 de abril, no Estadual.

Veja a tabela do Brasileirão

​No primeiro tempo, os erros foram os principais adversários do Flu na frente. A equipe teve apenas duas finalizações, sendo uma no alvo, mas conseguiu imprimir um bom ritmo e ser minimamente competitiva. Após o intervalo, porém, o que se viu foi desorganização, lentidão, falta total de inspiração e muitos jogadores nulos em uma só equipe. Nene e Fred não renderam enquanto estiveram em campo e demoraram a sair. André acabou entrando com uma difícil missão de suprir Yago Felipe, deslocado para a direita após lesões de Calegari e Samuel Xavier. Foi aí que o time acabou com as chances.

O Fluminense até terminou o segundo tempo com mais posse de bola, algo que dificilmente acontece, mas deu um chute nos 50 minutos. Do outro lado, o Atlético-GO se lançou, aproveitou um meio e lado direito mais frágeis e foi melhor. Deu sete finalizações, duas no gol, uma delas que definiu o confronto. Foi um cenário parecido com o que se viu contra o Santos, na quarta rodada, quando um erro dos paulistas acabou definindo a vitória de um Tricolor que foi fortemente pressionado e não fez valer sua principal característica: o contra-ataque bem construído.

- Não dá para querer trocar no momento de dificuldade porque não está encaixando. É melhor voltar a fazer bem o que a gente estava fazendo. O time tem uma característica marcante, que é uma defesa sólida e procurar o gol buscando eficiência. Quando isso não acontece, vai ter mais dificuldade - analisou Roger Machado em entrevista coletiva após a partida.

O que as partidas recentes vão mostrando é que falta não só descanso, mas variações táticas na equipe. Algo que, com o elenco atual, aparentemente Roger ainda não vê possibilidades de realizar. As alterações no segundo tempo tem reduzido a qualidade e em muitos casos ajudam a desorganizar a equipe, que tinha antes como uma das grandes qualidades o crescimento após o intervalo. Cabe ressaltar que o baixo rendimento de Fred só mostra o quanto o Fluminense ainda depende de seus bons momentos, assim como Nene.

- Neste momento não definimos as posições. Definitivamente precisamos buscar, mas não temos definição. A lateral-esquerda não é pauta, até porque temos o Jefté também, que é da casa, está surgindo e temos carinho. Não queremos trancar a ascensão de mais um jogador do clube. Hoje o jogo foi pautado por erros técnicos, mais do que táticos e estratégicos. Isso faz parte do momento de cada jogador, às vezes está bem ou não. Quando seis ou sete jogadores estão bem você consegue superar as dificuldades da partida - afirmou Roger.

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