Flu desafia o Defensor, o seu ‘espelho da temporada’ na Sul-Americana
Assim como nos tempos onde Abel Braga comandava o Fluminense, a equipe uruguaia se assemelha ao Tricolor. Esquema com três zagueiros e postura mais defensiva são exemplos
Uma equipe escalada com três zagueiros, contendo um sistema defensivo bastante fechado e que aposta nos contra-ataques para avançar. Além disso, conta com jovens atletas que convivem com momentos de altos e baixos no ano e um técnico longevo no cargo. Parece um desenho da temporada do Fluminense em 2018, mas trata-se do Defensor (URU), rival desta quinta-feira, às 21h45, no Maracanã, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana.
O Fluminense terá pela frente um "espelho da temporada" contra o adversário uruguaio. Se o Tricolor era escalado com três zagueiros no primeiro semestre, agora enfrentará um adversário que utiliza esse esquema. Se Abel Braga estava há mais de um ano no cargo, agora é Eduardo Acevedo quem está a um bom tempo com os uruguaios. Ambos também vêm de derrotas no fim de semana: um para o Ceará, o outro para o Danúbio (URU).
Outro ponto onde as equipes coincidem são os desfalques. O Defensor (URU) negociou três titulares antes da pausa para a Copa do Mundo e as reposições não animaram. Já o Fluminense não poderá contar com o atacante Junior Dutra, que sofreu um edema na coxa esquerda e será desfalque. Por outro lado, Marcos Junior volta a estar à disposição e é o favorito para ocupar a vaga.
- Não tivemos o Marcos Jr, estava propenso a lesão, mas já voltou a treinar. E perdemos o Junior Dutra, que sentiu um incômodo e deve ficar uns dias parado. Pouco a pouco o time vai ganhando corpo, se entrosando. A ausência de atletas por desgaste ou lesões é ruim, mas acontece com todas as equipes. O calendário é cruel - declarou o treinador Marcelo Oliveira.
Por outro lado, Marcelo Oliveira terá de quebrar a cabeça para fazer mudanças. Sem Dutra, lesionado, e Dodi, não inscrito na Sul-Americana, o treinador pode optar por três volantes ou uma formação mais ofensiva. Caso mantenha o padrão, o volante Mateus Norton permanece como titular. Se houver mudança, Everaldo, Matheus Alessandro e Pablo Dyego são as opções de ataque.
– Não que eu tenho dúvidas, mas tenho duas opções no meio e na frente, do lado do campo, mas não tem tanto mistério assim. Esperamos um time ofensivo e que possa ser competitivo também. Estava jogando com três volantes, mas um saindo bastante, o Jadson, e vamos estudar para esse jogo para criar uma situação nova. Temos que nos preocupar com a situação dos três zagueiros do adversário que tem uma bola parada, aérea, muito forte.
Com todas as mudanças, a tendência é que o Fluminense vá a campo com Júlio César; Gilberto, Gum, Digão e Ayrton Lucas; Richard, Jadson, Mateus Norton e Sornoza; Marcos Júnior e Pedro. Já a tendência é que o Defensor (URU) esteja escalado com Reyes; Álvarez, Correa e Maulella; Suarez, Cardacio, Rabuñal, Cougo e Boseli; Rivero e López.
A partida de ida será nesta quinta-feira e a volta apenas no dia 16 de agosto, mas Fluminense e Defensor (URU) já sabem quem irão enfrentar caso avancem para a próxima fase da Copa Sul-Americana. Será o Deportivo Cuenca (EQU), que empatou por 2 a 2 com o Jorge Wilstermann (BOL) - repetindo o placar da ida - e venceu nos pênaltis para garantir classificação às oitavas de final.
