Flu sofre sem a posse de bola e Diniz vai ter que pensar em plano B
Acostumado a se impor, Tricolor não conseguiu ter domínio contra o Atlético Nacional-COL. Time trocou menos de 300 passes no jogo, situação que não é comum na temporada
O Fluminense conseguiu avançar para as oitavas de final da Copa Sul-Americana mesmo sendo derrotado por 1 a 0 para o Atlético Nacional-COL. A ótima partida no Maracanã, quando goleou por 4 a 1, foi determinante para a classificação, que sem dúvidas deixou algumas lições importantes para o técnico Fernando Diniz.
O Tricolor se notabilizou durante toda a temporada por ter o controle do jogo. Com muita posse de bola e passes precisos, o Fluminense sempre se impôs, seja em casa ou como visitante, aproveitando principalmente a qualidade dos jogadores de meio-campo. No entanto, essa característica não apareceu diante dos colombianos, que tiveram 57,1% de posse de bola, enquanto a equipe de Diniz. teve 42,9%.
Em relação aos passes, fundamento determinante do time, o Fluminense também decepcionou, acertando 285 e errando 37. O Atlético Nacional-COL acertou 399 e errou 39. Por isso o Tricolor sofreu tanto na partida, já que não está habituado a isso. Essa situação não aconteceu por exemplo nos confrontos recentes diante do Cruzeiro, que em tese, é melhor tecnicamente do que a equipe colombiana.
Nos dois jogos no Maracanã contra a Raposa, o Fluminense saiu de campo com mais posse de bola e com maior troca de passes. No empate em 1 a 1 pela Copa do Brasil, o Tricolor teve 65,3% de posse, acertando 680 passes e errando apenas 37. Já o adversário ficou 34,7% do tempo com a bola, dando apenas 274 passes certos, falhando em 38 tentativas.
Na goleada por 4 a 1, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, a posse de bola do Fluminense foi de 54,4%, com 434 trocas de passes. Até mesmo quando foi derrotado para o Bahia por 3 a 2, o Tricolor foi superior nesses quesitos, com 64,7% de posse de bola e 573 passes certos durante o jogo.
Sem ter a posse de bola em alguns jogos, Fernando Diniz terá que montar um plano B para o Fluminense, que pelo menos soube sofrer e segurar a pressão em Medellín. Entretanto, somente garra e disposição quando não tiver a bola, podem não ser o suficiente. A tendência é de que os desafios fiquem ainda maiores. Na próxima fase da Copa Sul-Americana, o Tricolor terá pela frente o Peñarol, que é um gigante uruguaio, e Fernando Diniz está ciente das dificuldades.
- É uma equipe muito tradicional do futebol sul-americano, assim como o Atlético Nacional, mais recentemente. Sabemos das dificuldades que é enfrentar o Peñarol. Eles enfrentaram e venceram o Flamengo no Maracanã, pela Libertadores. Vão ser dois jogos difíceis. Espero que a gente consiga fazer boas partidas e conseguir a classificação.
Posse de bola e troca de passes nos últimos cinco jogos:
Atlético Nacional-COL 1 x 0 Fluminense
57,1% - Posse de Bola - 42,9%
399 - Passes Certos - 285
39 - Passes Errados - 37
Bahia 3 x 2 Fluminense
35,3% - Posse de Bola - 64,7%
225 - Passes Certos - 573
29 - Passes Errados - 30
Fluminense 4 x 1 Atlético Nacional
50,6% - Posse de Bola - 49,4%
433 - Passes Certos - 350
34 - Passes Errados - 37
Fluminense 4 x 1 Cruzeiro
54,4% - Posse de Bola - 45,6%
434 - Passes Certos - 374
37 - Passes Errados - 43
Fluminense 1 x 1 Cruzeiro
65,3% - Posse de Bola - 34,7%
680 - Passes Certos - 274
37 - Passes Errados - 38