Fluminense faz dever de casa e ganha respiro antes de decisão, mas sofre para evitar ‘dramas’
Tricolor abriu o placar cedo, mas viu o Avaí quase complicar a vida em jogo tranquilo na maior parte do tempo no Maracanã
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O torcedor do Fluminense viveu diversas sensações na vitória sobre o Avaí. Alívio, principalmente, mas euforia pelo bom resultado e cautela pelo rendimento nem tão inspirado assim também ajudam a traduzir o que foi a partida da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de duas atuações frustrantes, o fundamental 2 a 0 pelo menos dá confiança para um importante confronto na próxima quinta-feira. Mas há pontos de melhora.
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Os retornos de Jhon Arias e André mudaram a cara do time, que ainda contou com Nonato como novidade no meio-campo. O volante, inclusive, foi bem no primeiro tempo, mas caiu de rendimento no segundo. No entanto, mostra um caminho para Fernando Diniz. Os maiores destaques, porém, vão para Matheus Martins e Germán Cano, autores dos gols, além de Caio Paulista.
Improvisado na lateral-esquerda novamente, o jogador finalmente conseguiu desempenhar o papel e foi bem. Diante do Juventude, a piscina formada no Alfredo Jaconi complicou a atuação e contra o América-MG ele acabou adiantado com a expulsão do atleta adversário. Desta vez, avançou bem ao ataque e fez a linha de impedimento que anulou o gol que seria do empate do Avaí no início do segundo tempo, mas ainda pode melhorar defensivamente.
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Mas por que, então, a atuação não foi lá tão convincente? O Fluminense fez um bom primeiro tempo, dando apenas uma boa chegada ao Avaí, que parou nas mãos de Fábio. O problema foi mesmo na segunda etapa. O time conseguiu a vantagem em uma das qualidades do time de Fernando Diniz: marcar gols cedo. Mas a volta do intervalo também mostrou uma característica comum: recuar e dar a bola ao adversário. O treinador admite que não pede isso, mas os jogadores fazem na maioria das vezes.
Tudo poderia ganhar um contorno dramático se o gol não fosse anulado por impedimento. Matheus Martins foi quem finalmente "matou" o confronto. No fim, o Flu terminou com menos chutes na direção do gol que o Avaí. Foram três dos mandantes contra quatro dos visitantes. A diferença grande ficou nas finalizações para fora, com 11 contra quatro a favor dos cariocas, três desses bolas na trave de Samuel Xavier. O Tricolor criou três grandes chances e o Leão da Ilha nenhuma.
- O time não foi treinado para baixar o bloco. Aconteceu contra o Flamengo quando fizemos o gol. É uma tendência que acontece muito no futebol brasileiro. A gente diminuiu o ritmo e não precisava disso mesmo. Tanto que estávamos ganhando de 2 a 0 e subimos o bloco. Precisamos aumentar a pressão na bola para tirar a pressão de trás. O ponto positivo em relação a isso é que eu não vejo problema nenhum em ter menos posse de bola - avaliou Diniz em coletiva.
- O Avaí, Fortaleza e o Flamengo tiveram mais posse e não produziram nada. O que a gente não pode fazer é ficar no meio do caminho, como aconteceu contra o Atlético-GO. Se adiantar e pressionar a linha de marcação, como é do jeito que eu gosto, está tudo ok, e se baixar e fechar os espaços, fica muito difícil para o time adversário entrar, só que fica com menos possibilidade de puxar contra-ataque - completou.
COPA DO BRASIL
A maratona de jogos decisivos continua. A vitória foi fundamental para a sequência do Tricolor, que agora vira a chave para as oitavas de final da Copa do Brasil. É importante ressaltar o jogo mais dinâmico e equilibrado que o time fez no Brasileirão, mas contra uma equipe bem organizada e líder da Série B, a atenção precisará se redobrada.
- Eu achei que foi uma das atuações mais seguras do time. Soube criar chances, se defendeu bem. Eles tiveram poucas chances, tivemos três bolas na trave e outras boas oportunidades. Baixamos a linha sem necessidade. O time joga melhor quando consegue ser mais agressivo na marcação. Vamos começar a pensar agora no Cruzeiro, um dos grandes clubes do Brasil que momentaneamente está na Série B e está fazendo uma grande campanha. Time que já estamos estudando para fazer uma grande partida - afirmou Diniz.
Com o resultado, o Fluminense sobe para sexto lugar, com 18 pontos. Agora o time volta as atenções para a Copa do Brasil. Na quinta-feira, recebe o Cruzeiro no Maracanã, às 19h, pela ida das oitavas de final. No Brasileirão, a próxima partida é o clássico com o Botafogo, domingo, às 16h.
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