‘Fala, Jogadô’: Samuel Xavier revela função de Diniz em sua carreira e detalha relação com Marcelo no Fluminense
Jogador do Tricolor participa do novo programa de entrevista do Lance! com resenha de qualidade
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Peça chave no elenco do Fluminense, Samuel Xavier participou do "Fala, Jogadô! #2" e abriu o coração sobre o papel de Fernando Diniz em sua trajetória, a chegada no Fluminense e a parceria com Marcelo. Em entrevista ao novo programa de entrevista do Lance!, o lateral-direito também contou o sonho de vestir a camisa da Seleção Brasileira.
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Nascido em São Paulo, o camisa dois iniciou sua carreira como volante, mas foi Fernando Diniz o responsável por transformar Samuel Xavier em um lateral-direito. Por conta disso, o jogador de 33 anos é muito grato ao seu atual treinador, embora a parceria entre a dupla tenha começado ainda no Paulista de Jundiaí.
- Na base, eu jogava de volante. Eu jogava ali mais pelo lado direito do campo. Eu lembro que teve uma oportunidade de lateral em um Campeonato Sub-20, no Rio Grande do Sul. Eu estava no banco, mas como volante. O lateral não pôde jogar no dia, não tinha outra opção e o treinador perguntou se eu poderia jogar de lateral. Ganhamos de 1 x 0 com uma assistência minha. Mas ainda não tinha fixado. Às vezes jogava de lateral, outras de volante. Até que chegou o professor Fernando Diniz e ele me fixou. Joguei como ala e dali não saí mais da lateral-direita e estou aí, jogando bem.
RELAÇÃO COM DINIZ
Samuel Xavier também comentou sobre sua chegada no Fluminense, em 2021. Após muitos anos atuando no Ceará, o jogador chegou ao Tricolor das Laranjeiras no período da Covid-19 e encontrou muita dificuldade em seu início, mas o reencontro com Fernando Diniz foi essencial para sua arrancada.
- Quando você chega no clube, há a expectativa das pessoas no clube por um resultado rápido e eu não conseguia jogar com o mesmo desempenho que tinha no Ceará. E é normal a torcida ficar insatisfeita, ter aquela cobrança, mas eu sabia que ia chegar meu tempo. Foi um momento complicado, pois quando cheguei, eu tive Covid, então atrasou todo o processo. O atleta precisa de fôlego e (a Covid) pegou 50% do pulmão. Fiquei muito mal e foi bem na pré-temporada. Então cheguei um pouquinho atrasado. Até adaptar, você tem essa dificuldade. Tive uma oportunidade de jogar de titular contra o River Plate na Argentina e fizemos um baita jogo, mas não conseguia ter aquela sequência. Eu lembro que quando o Diniz chega, ele me chamou pra conversar e disse: "Cara, você já conhece a maneira que eu gosto de jogar e eu conheço você super bem. Eu sei o que você pode fazer dentro de campo". Você ter a confiança do treinador, que te dá liberdade dentro de campo... tudo foi fluindo. As coisas começaram a acontecer dentro de campo, como gols e assistências. O time inteiro começou a jogar bem.
O veterano também contou uma história sobre a vitória do Fluminense contra o Internacional por 2 a 0, pela 14ª rodada do Brasileirão. O comandante do Tricolor dizia que Samuel Xavier não poderia perder sua essência ofensiva, como um meia de origem, e ouviu um berro do professor na beira do campo.
- Ele falava: "Você é um meia, estou deslocando você para a lateral, mas você não pode perder esse poder ofensivo de chegada no ataque". E ele me dá muita liberdade para chegar no ataque. Esse gol contra o Internacional, eu dou uma assistência para o Cano fazer um gol, mas eu nem ia para o ataque. Ele deu um grito "VAI" e na hora eu fui e saiu o gol. É bom essa liberdade, então ele pede muito essa chegada no ataque para poder ajudar a rapaziada na frente. Trabalhei com muitas feras, mas ele é o mais top, com muita informação. Completo.
RELAÇÃO COM MARCELO E AMIZADES NO ELENCO
Na atual temporada, Samuel Xavier está tendo a oportunidade de dividir os vestiários com Marcelo, um dos melhores jogadores de sua posição nos últimos anos. O atleta desmentiu qualquer crise no vestiário causada pelo lateral-esquerdo, rasgou diversos elogios ao colega e afirmou que o veterano pode dar em um grande treinador no futuro.
- A galera começou a falar na internet que o grupo estava rachado, que o Marcelo não se dava bem. A gente deu muita risada. Criaram uma coisa. Marcelo é muito parceiro. Quando ele chegou, criou-se aquela expectativa. Mas é um moleque, chega na resenha. Já colocou apelido, agora só me chama de barba. Muito parceiro. Ele já fala, não dá nem tempo de você pedir a dica. "Faz isso aqui quando a bola vir desse jeito, puxa para cá". Ele tem (esse perfil de treinador). Muito inteligente, pensa muito na frente
Mas além de Marcelo, o lateral-direito do Tricolor também possui uma amizade fora dos gramados muito grande com Nino, Felipe Melo e David Braz, com quem divide quarto na concentração do clube. O atleta contou sobre a relação com os outros companheiros e definiu o Fluminense como uma família.
- É muito bom ter essas amizades fora de campo, pois isso traz pra dentro de campo essa união. Sempre que dá para se reunir, a gente busca estar juntos e isso é difícil ver em outros lugares. Sempre houve o respeito, mas nunca essa união, essa amizade de verdade. Vira e mexe um chama o outro para o almoço. Essa união é muito bom para a gente dentro de campo.
Na atual temporada, Samuel Xavier participou de 33 partidas com a camisa do Fluminense, marcou dois gols e contribuiu com três assistências. O atleta vive seu melhor momento na carreira, é um dos jogadores mais consolidados de sua posição e sonha com uma vaga na Seleção Brasileira.
VEJA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA EXCLUSIVA:
DINIZ NA SELEÇÃO
- Todo mundo ficou feliz. Feliz e preocupado, porque falamos: "E agora? Será que ele vai sair?". Mas foi bacana, ficamos felizes. Ele é um cara que merece, tem um dia a dia muito bom, deixa o ambiente muito bom, é um cara super parceiro. Tem uma cobrança muito grande em cima da gente, mas a gente sabe que é para evoluirmos. Cobra todo o elenco, mas é super do bem, tem uma entrega absurda, vendo vídeos o tempo todo, chegando com novidades. Ele chega no dia do vídeo e vai passando todas as informações para a gente, você vê que é um cara que se dedica muito para o futebol. Chegar na Seleção vai ser muito bom para ele, muito bom para Seleção também. Vai trazer muitas coisas novas e espero que tenha muito sucesso.
SONHOS NA CARREIRA
- Eu quero título. Libertadores. Brasileiro também. Eu sonho. Quero fazer muitos mais jogos com a camisa do Fluminense, me sinto muito a vontade em vestir essa camisa. Oportunidade também na Amarelinha. Todo jogador sonha em vestir a camisa da Seleção. Comigo não é diferente.
CEARÁ
- O Ceará foi muito importante para minha carreira, um clube que me recebeu super bem em 2014. Tenho muitos amigos lá. É um clube especial que eu carrego, minha família também carrego. Minha filha, Julia, nasceu no Ceará. A torcida gosta muito de mim. A festa lá é incrível. Tenho um carinho especial pelo Ceará.
MOMENTO NO FLUMINENSE
- Esse momento é muito bom. Todo atleta sonha em estar em um grande clube e jogando bem. Estou passando isso aqui no Fluminense. São vários fatores. Família é essencial para mim. Não somente esposa e filhos, mas os pais também. Treinador. Diniz faz muita parte da minha carreira, da minha história. Porque não foi só aqui que trabalhei com ele. E o Fluminense, pois é uma família aqui, um clube muito bom de se trabalhar, onde todos respeitam todos. São vários fatores que fazem o atleta estar bem em campo.
EUROPA
- A gente sabe que dificilmente quando você chega nessa idade, eles vão contratar. Sempre sonhei em ter uma oportunidade de jogar na Europa, mas sendo sincero não sonho tanto com a Europa agora não. Tinha uma vontade de jogar em um grande clube do Brasil e esse sonho se realizou. Então isso para mim está sendo muito bom. Agora ir para fora não é algo que penso muito, não é muito o foco que tinha antes.
PARCEIRO DOS SONHOS
- Ney. Enfrentei ele. Joguei contra ele na época de São Caetano. E agora tem que estar junto. Imagina Samuel cruza e Neymar faz o gol.
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