Ganso dá volta por cima, resgata confiança e vive melhor temporada desde que chegou ao Fluminense
Meio-campista supera desempenho de 2019 com boas atuações desde o início do ano. Retorno de Fernando Diniz elevou ainda mais a importância do camisa 10 na equipe titular
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Ao lado de Neymar, Paulo Henrique Ganso despontou no futebol brasileiro com muita técnica e visão de jogo. No Santos, apesar de ser mais centrado e longe de polêmicas, exalava confiança e recusou ser substituído na final do Paulistão 2010. Anos se passaram, e o meia oscilou na carreira. Diferentemente do ano passado, o camisa 10 deu a volta por cima e reconquistou a confiança no Fluminense de Diniz.
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Depois da passagem pelo São Paulo, Ganso se aventurou no futebol do Velho Continente pelo Sevilla, comandado pelo argentino Jorge Sampaoli na época, e no Amiens, da França. Sem ter a regularidade que sonhava, o meia retornou ao Brasil e chegou ao Tricolor carioca em 2019.
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Em sua primeira temporada, o atleta também foi comandado por Fernando Diniz e apresentou bons números. Na época, foram 47 partidas com cinco gols e apenas uma assistência, porém sem levantar taças e relembrar aquele Ganso que encantou o Brasil a partir de 2009.
Nos anos seguintes, o meio-campista conviveu com momentos de altos e baixos. Em 2020, balançou a rede apenas uma vez, com duas assistências em 32 partidas. A quantidade de jogos diminuiu na temporada seguinte e a continuidade do meia foi colocada em xeque - foram três tentos e duas assistências em 23 jogos.
É preciso ponderar, porém, que na última temporada o jogador teve uma séria lesão. Ele fraturou o rádio, osso do antebraço, no jogo de volta das quartas de final da Libertadores, contra o Barcelona de Guayaquil por 1 a 1,
Com a chegada de Abel Braga para 2022, Paulo Henrique Ganso vivia cercado de incertezas e só entrou em campo na quinta rodada da Taça Guanabara, contra a Portuguesa. Nos primeiros meses do ano, o meia atuou poucos minutos no "time B" considerado pelo técnico.
Quando a equipe reserva apresentava um futebol mais refinado, sob a batuta do maestro, o camisa 10 passou a ter mais oportunidades. Sendo assim, o Fluminense despontou para o título estadual com grandes atuações do meia nas decisões contra o rival Flamengo.
Depois da saída de Abel, o Tricolor contou com o reencontro entre Ganso e Fernando Diniz. E o técnico conseguiu fazer com que o camisa 10 superasse os números de 2019 mesmo ainda com três meses pela frente. O resgate da confiança despertou logo na primeira entrevista, quando o comandante descreveu o meia como "gênio do futebol".
No reencontro com o Santos, na Vila Belmiro, Ganso não só comandou o meio de campo tricolor, como estufou a rede em uma cobrança de pênalti, com direito a cavadinha. Na comemoração, ele simulou os gestos de um maestro, e relembrou aquele jogador de personalidade do início da carreira.
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Com nove jogos a menos que 2019, o meia já repetiu o feito de cinco gols em uma temporada e triplicou o número de assistências (seis em 38 partidas). Foram, então, onze participações direta em gols do Fluminense no ano.
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