Goleada histórica pode resgatar confiança e sinaliza ‘novas opções’ no Fluminense para sequência do ano
Diante da fragilidade do adversário, Tricolor conseguiu se impor, enfileirou gols, mas não ficou com a vaga. Jhon Arias e Matheus Martins se destacam e podem ter mais chances
O Fluminense chegou à última rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana precisando de um milagre e um resultado externo para avançar. Na Bolívia, a equipe conseguiu se impor diante de um frágil adversário e aplicou uma goleada histórica. Por outro lado, o Unión Santa Fe (ARG) goleou o Junior Barranquilla (COL), eliminando o Tricolor. O resultado pode não ter acarretado a vaga nas oitavas de final, porém pode resgatar a confiança do grupo e sinalizar a afirmação de alguns atletas, que podem ser mais aproveitados por Diniz.
A vitória não somente virou o assunto da rodada, como também entrou para história. Ao golear por 10 a 1, o Tricolor aplicou o placar mais elástico da Sul-Americana até hoje e também a mais significativa de uma equipe brasileira em torneios internacionais. Neste sentido, o triunfo vai muito além de aplicação tática e predominância técnica. O treinador, que tem como marca o resgate da confiança dos elencos que comanda, terá a sequência do Brasileirão e da Copa do Brasil pela frente.
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Mesmo com a liberdade que a defesa do Oriente concedeu, Jhon Arias voltou a mostrar que tem condições de se afirmar entre os titulares. Com velocidade para quebrar linhas e visão de jogo, o jogador deu três assistências e criou diversas oportunidades para o Flu, em especial no primeiro tempo. Como já havia demonstrado antes, o colombiano se firma como opção no elenco para dar amplitude e profundidade à equipe.
Além dele, o jovem Matheus Martins fez sua estreia entre os titulares e deixou uma ótima impressão. Além da boa movimentação, o hat-trick coroou uma noite que será inesquecível na carreira do camisa 37. Mais um talentoso Moleque de Xerém que pede passagem nos profissionais
Quem também parece ganhar espaço com Fernando Diniz é o atacante Caio Paulista, que estava sem espaço e tem entrado com mais frequência com o novo comandante. Teve uma boa atuação contra o Palmeiras, no Allianz, entrou bem no duelo com o Fortaleza, no domingo, e novamente cumpriu bem a sua função tática na última quinta-feira.
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No meio de campo, Martinelli voltou a ter destaque e ser importante nas transições ofensivas. Construiu vindo de trás e deu dinâmica ao setor. Na frente, Willian, o Bigode, teve liberdade para produzir jogadas, contribuiu com assistências e ainda deixou o dele na goleada. Diniz também colocou em campo John Kennedy, que passou por problemas extracampo e não atuava há seis meses.
Além do aspecto individual, a atuação coletiva também surpreendeu. Se no empate com o Unión, na Argentina, as críticas foram direcionadas à postura do time, na goleada sobre os bolivianos ocorreu o contrário. Desde o primeiro lance, os jogadores se comunicaram e buscaram extrair o máximo de cada construção, com velocidade e precisão.
O empenho deixado em Santa Cruz de la Sierra poderia, talvez, conceder a classificação caso tivesse chegado duas rodadas antes, no embate contra os argentinos, no Maracanã. Contudo, se ainda falta regularidade nas atuações, o ímpeto tricolor na decisão mostrou que a equipe tem condições de chegar longe na Copa do Brasil, que se organiza em mata-mata.
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Com um triunfo para dar moral, o Fluminense voltará a campo no domingo, às 18h, para o clássico diante do Flamengo. Mais um jogo que pode fazer o time embalar e se aproximar do pelotão de frente do Brasileirão. Sendo assim, o resultado não trouxe a vaga, mas sinalizou opções para o elenco voltar à competição continental em 2023 com mais força e experiência.