Gramado encharcado e falha defensiva marcam segunda derrota seguida do Fluminense no Brasileirão
Em um campo impraticável, Tricolor demorou a mudar o estilo e compreender o 'jogo atípico'. Na etapa final, a tentativa de toques deu lugar a bola longa, mas já era tarde
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Depois de uma semana livre de preparação, o Fluminense entrou em campo contra o Juventude na busca pelo fim do jejum de 17 anos sem vencer o adversário no Alfredo Jaconi. Contudo, o gramado foi o grande protagonista da disputa e limitou ambas as equipes ao estar encharcado devido às fortes chuvas da região.
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GRAMADO IMPRATICÁVEL E ERROS DEFENSIVOS
O gramado aparentava uma drenagem irregular e formava grandes poças d'água. A bola praticamente não rolava com fluidez e gerava disputas mais fortes colocando em risco a integridade física dos atletas. Essa não é a primeira vez em que o campo apresentou tais irregularidades, já que em 2021, os gaúchos derrotaram o Flamengo nas mesmas condições.
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Dentro das quatro linhas, o que se pode observar foi um Tricolor tendo dificuldades para impor seu ritmo de jogo. Com as poças, o estilo de posse e toque de bola não conseguiu ser implementado, e o Fluminense demorou a entender que o "jogo atípico" pedia outra característica como chutões e bolas longas.
Mesmo com todas as críticas ao gramado, é preciso destacar que a defesa dos cariocas não estava em uma boa manhã. A insistência em toques curtos fez com que o alviverde gaúcho fosse mais perigoso e incomodasse a meta defendida por Fábio. Por outro lado, o Tricolor carioca praticamente não finalizou apenas um vez em direção ao gol adversário no primeiro tempo.
No gol do jogo, Samuel Xavier tentou um passe e deu espaço para que Vitor Gabriel arriscasse a finalização de longe. Desse modo, a dupla de zaga 'bateu cabeça ' e falhou. No primeiro momento, Manoel tentou fazer o corte, mas a bola sobrou para Pitta finalizar de frente para Fábio. Em seguida, Luccas Claro tentou evitar o gol, mas colocou contra o próprio patrimônio.
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Nas melhores chances do jogo, o Juventude conseguiu romper as linhas com a bola longa e poderia ter ampliado. A defesa dos visitantes deu espaços e não conseguiu neutralizar esse tipo de jogada. Paulo Henrique chegou na cara do gol, mas estava impedido, e o árbitro anulou o tento corretamente. Caio Paulista não conseguiu render na lateral-esquerda e muitos dos ataques foram no seu setor.
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O ideal era fortalecer o meio de campo e colocar atletas mais pesados na área para aproveitarem alguma chance. Na volta do intervalo, Diniz percebeu a característica do jogo e apostou nas bolas longas. Foram a campo Felipe Melo, Cris Silva e Matheus Martins. A etapa final foi recheada de duelos físicos, cartões, muita água e pouco futebol. O Fluminense tentava alçar bolas na área para chegar ao empate, mas foi em vão.
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Segundo dados do portal "Footstats", a partida deste domingo foi a que teve menos passes trocados do campeonato com 276, a com menor acerto de passes (62%) e a com mais rebatidas, 196, no total. Os cariocas rebateram 78 vezes, enquanto os gaúchos utilizaram o recurso em 118 oportunidades, o que resume bem quem entendeu o estilo que precisava em um gramado alagado.
As reclamações da direção do Fluminense são corretas e justas e o futebol brasileiro não pode mais apresentar jogos nestas condições. No entanto, faltou ao Tricolor entender o que o duelo pedia para tentar sair com pelo menos um empate. Fica de lição que a equipe precisa se adaptar, não a um gramado encharcado, mas a outras estratégias e recursos quando enfrentar momentos desfavoráveis.
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Diante de todas as adversidades, é difícil colocar o desempenho como um parâmetro para a sequência da temporada. Mas o time precisa reagir diante do Atlético-MG, na quarta, no Maracanã, para não deixar a sombra do Z4 se aproximar e o pelotão de frente se afastar, apesar de ainda ser a primeira metade de uma longa jornada até o fim do ano.
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