João Pedro revela rotina no Watford, resenha com MP e gratidão ao Flu: ‘Entrei criança e saí um homem
Em entrevista ao LANCE!, atacante conta como está sendo a adaptação ao futebol inglês em meio a pandemia de coronavírus e como vem superando a saudade do Brasil
Na Inglaterra desde o fim de dezembro do ano passado, João Pedro é mais uma cria de Xerém que está no futebol europeu. O atacante defende o Watford e ainda está em processo de adaptação ao clube. Foram poucas chances na equipe principal, somando apenas dois jogos, ambos pela Copa da Inglaterra, entrando no segundo tempo.
Esse processo de afirmação é normal, ainda mais por se tratar de um jogador de 18 anos. Por conta da pandemia de coronavírus, que paralisou o futebol por lá, assim como ocorre por aqui, a tendência é que João Pedro tenha mais oportunidades na próxima temporada. Vale lembrar que o calendário na Europa é diferente, se iniciando em agosto.
Um bom rendimento pelo Watford vai render uma boa quantia ao Fluminense, já que o clube tem dois bônus de 1 milhão de euros para receber em caso de metas alcançadas pelo jogador. Portanto, apesar de ter saído do Tricolor, João Pedro segue tendo vínculo, situação que vai permanecer até o fim de sua carreira. Ao LANCE!, o atacante contou como está sendo a vida na Inglaterra e a rotina por conta do isolamento social.
Como está sendo a sua adaptação à Inglaterra e ao futebol inglês e até que ponto a pandemia de coronavírus tem o atrapalhado neste processo?
- A adaptação tem sido muito boa, principalmente por ter um brasileiro aqui, no caso o goleiro Gomes, que me ajudou e me ajuda muito, além de estar com a minha família, que me faz sentir ainda mais em casa. O coronavirus atrapalhou muito não só a mim mais a todo no futebol mundial .
Aqui no Brasil, todos os clubes estão com as atividades suspensas e os jogadores estão treinando em casa. Como está sendo a sua rotina em meio a essa crise na saúde mundial?
- Aqui na Inglaterra o treino no clube foi suspenso, porém os preparadores físicos mandam a programação e estamos todos treinando separado, cada um em sua casa e eu estou fazendo o mesmo, treinando muito forte.
Sem poder sair de casa, acredito que faz com que você sinta ainda mais saudade do Brasil. Como está sendo enfrentar tudo isso longe dos seus amigos?
- Com certeza eu tenho muita saudade do Brasil e dos meus amigos, mas graças a Deus minha família está aqui e ameniza a saudade.
O que tem feito para se livrar do tédio?
- Tenho treinado forte, jogo futevôlei, Fortnite (jogo eletrônico), sinuca e rede social, pois na rotina do dia tenho pouco tempo pra isso. Assisto também muitas séries e filmes. Tudo que posso, dentro de casa e com a minha família.
O Marcos Paulo revelou recentemente que tem saudade de você. Tem falado com ele ou com outro jogador do Fluminense? Se sim, o que vocês conversam?
- Sim, claro. Falo sempre com o Marcos Paulo e também com o Miguel e Nenê. Eles são com quem eu mais falo. Falamos que sentimos falta da resenha, de dançar, de rir e de jogar juntos.
E o Fluminense, deu para acompanhar o clube?
- Aqui em casa, tanto eu como todos, acompanhamos o Fluminense, afinal de contas foi o clube que entrei criança e saí um homem.
Você teve um início avassalador e depois conviveu com alguns momentos difíceis, como aquele episódio com torcedores no estacionamento. Ficou alguma mágoa dos tempos de Fluminense?
- Não ficou magoa não, apenas gratidão ao Fluminense.
O Miguel completou recentemente 17 anos e assim como foi com você, ele é cercado por muita expectativa positiva. Qual é o conselho que você dá para ele?
- Ele fez aniversário e eu dei os parabéns. Falo para ele continuar trabalhando forte que a hora dele vai chegar.