Treinadora do time feminino indica leitura no isolamento: ‘Atenta com nossas responsabilidades sociais’
Thaissan Passos faz balanço sobre o trabalho desenvolvido e possui otimismo em colocar o Fluminense na elite da categoria
O futebol feminino do Fluminense começou a temporada cercada por uma grande expectativa. Na estreia do Campeonato Brasileiro A2, vitória sobre o Toledo-PR, em Laranjeiras, por 4 a 2, confirmando o otimismo para uma grande temporada. No entanto, a partida foi a única e a última da competição, que foi paralisada por conta da pandemia de coronavírus. Apesar disso, a técnica Thaissan Passos mantém a confiança de que 2020 será um grande ano.
- Esse ano é de afirmação e a expectativa é a melhor possível, esperamos colher tudo aquilo que a gente plantou em 2019. O maior objetivo do departamento de futebol feminino é buscar o acesso para a Série A1 e a gente está trabalhando incansavelmente para que isso aconteça. Vamos trabalhar jogo a jogo, estamos com a cabeça no lugar, todo mundo focado e trabalhando dia a dia para buscar o acesso.
O otimismo se dá pelo caminho que foi pavimentado em 2019, com conquistas nas categorias de base e resultados expressivos no profissional.
- Foi um primeiro ano foi de muito aprendizado. A gente precisava mostrar a força do futebol feminino e conseguiu trazer um encanto para a torcida tricolor, conseguir fazer a torcida acompanhar nossos jogos. A nossa base também foi muito vitoriosa, conseguimos colocar jogadoras na Seleção Brasileira Sub-17. Nas competições, passamos para a segunda fase do Brasileiro A2 e fomos vice-campeãs carioca nas duas categorias: adulto e Sub-18 - disse Thaissan em entrevista ao site oficial do Fluminense.
DICAS DE LEITURA
O elenco feminino, assim como o masculino, está respeitando a quarentena e vem treinando em casa. Para se livrar do tédio, além de atividades para passar o tempo, Thaissan Passos fez questão de passar conteúdos de leitura, que vai ajudar também no processo de formação da atleta.
- Nós, treinadores, precisamos estar atentos com nossas responsabilidades sociais e não esquecer nossa função, primeiro como educador. Além da influência na formação do cidadão/atleta.
Os livros:
- "O dia em que as mulheres viraram a cabeça dos homens", do René Simões. Fala da conquista da prata Olímpica, na visão de um treinador que sempre trabalhou com futebol masculino e que conseguiu compreender o universo feminino.
- "Atleta, substantivo feminino", de Oscar Valporto. Fala da fibra, da garra de vinte mulheres que, com certeza, são de grande influência na minha vida, mulheres referências, que levaram o esporte brasileiro aos lugares mais altos do pódio.
- "Educação Olímpica e Responsabilidade Social", de Katia Rubio (org). Esse livro é muito relevante para todas as pessoas que defendem o acesso ao esporte e ao lazer como direitos sociais de todos os cidadãos.